10 julho, 2012

9 DE JULHO: GOLPE OU CONTRA-GOLPE?






Cursei o ensino Primário nas Geraes. Ginasial e Colegial, curti no interior paulista: em Pedregulho, famosa por ser terra natal de Quércia, e Cosmópolis, uma das minhas terras natais (Antonina, Caldas e Salto Grande são as outras). Embora sempre tenha gostado de História e Geografia, apenas quando nos mudamos para o estado-locomotiva da nação comecei a ler e ouvir sobre a REVOLUÇÃO DE 32, MMDC e cousa & lousa.
Este evento da história paulista (por que, por exemplo, para os soteropolitanos o importante é o 2 de JULHO, enquanto para os gaúchos é o 20 DE SETEMBRO) aparentava ter quase mais importância que a INCONFIDÊNCIA MINEIRA tem para os próprios. No dia comemorativo do tal contra-golpe – ops! quis teclar revolução, mas escapou - creio que Dona Leonor, a professora de música do Gepan, regia-nos enquanto cantávamos algum dos respectivos HINOS. Ainda não era feriado, classificação que só aconteceu na gestão Mário Covas.
Bem, a finalidade aqui não é uma tentativa de ministrar uma aula de História, mas propor-lhes algumas questiúnculas:

- É possível acreditar que a burguesia paulista da época (alguns dizem que é a mesma de hoje, ao menos no estilo, se não nos sobrenomes) estava realmente preocupada em com a melhoria das condições de vida da população paulista ou brasileira?
- Com ditadura e tudo, a ERA VARGAS nos legou a Carteira Profissional e o Salário Mínimo. A burguesia paulista teria avançado mais na questão trabalhista?

Para ilustrar este papo, sugiro assistir os vídeos acima. O estrelado por JOSÉ SERRA é, como vocês devem adivinhar, mais do mesmo. Já o do ROBERTO REQUIÃO nos apresenta uma análise interessante dos liberais brasileiros e sobra até para Joaquim Nabuco. Aliás, será interessante saber como Requião vê a Revolução Constitucinalista de 32.
Enquanto aguardo comentários, deito aqui o que postei no facebook:
A zelite paulista (que ainda sonha com os tempos dos cafezais em flor) não admite que a capital do Brasil nunca tenha sido em São Paulo. Daí, criou seus próprios zeróis e seu sete de setembro. Pena que o eleitorado paulista acredite nesta ladainha enquanto o trem da História avança.
Com a palavra...

{8¬)

Ps.1 - o vídeo de Serra pode ser comprendido até pelas crianças; o de Requião fala de liberais e jaboticabas;
Ps. 2 - como vocês já sabem, tem muitas informações nos HYPERLINKS (palavras realçadas) e é só clicar neles.

06 julho, 2012

VOTAR: DE OLHO ABERTO FICA MENOS DIFÍCIL



Começou a CAMPANHA ELEITORAL.
Mais uma vez, temos – tu, inclusive - a chance de nos prepararmos para o momento de escolher as pessoas que nos representarão nas instâncias em que é decidida nossa vida no município. Pois então, mô povo, preste bem atenção no que os candidatos (e seus cabos eleitorais) vão lhe propor ou prometer.
Fundamental: compare a postura do candidato neste período eleitoral com a sua – dele – história de vida. Muita gente não concorda comigo quando afirmo que ninguém muda. Não sei se é por mineiro ser, mas continuo acreditando nisso.
É claro que não estou propondo a desconfiança paranóica. Proponho a utilização da memória como ferramenta de comparação.
Ainda que assim procedamos, nobre eleitor, não existem garantias de que teremos cidades melhores de se viver. Porém, talvez, tenhamos menos pessoas reclamando de políticos, já que os eleitores terão exercido sua cidadania ao invés de praticar o costumeiro oferecimento de pescoço ao vampiro de ocasião.
E uma cidade sem pessoas reclamando pelos cantos é sempre um bocado mais feliz.
Vamos experimentar a ÁGORA?

Ps. 1 – o som do ALICE COOPER é para animar a leitura, já hoje é sexta-feira (traga mais cerveja!)
Ps. 2 – saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas).

05 julho, 2012

ISTO CONTRIBUI PARA O MOVIMENTO?

Uma questão para os trabalhadores envolvidos no movimento grevista nas universidades federais: acham correto os funcionários da UFSC fecharem os portões de acesso à universidade impedindo as pessoas de transitarem?


Minha esposa foi levar Maria Cândida para a creche (que é paga, embora se situe na área do campus) e foi impedida de passar com o carro. Ao explicar que estava levando a filha para a creche, as pessoas que estavam barrando o caminho lhe disseram, sorrindo: "vai a pé". Claro que o grevista que disse isto percebia que o sol estava forte e que a criança tem apenas um ano e três meses, portanto, uma criança de colo.
Ouvi pelo rádio que estão dificultando o acesso das pessoas que vão ao hospital agendar consultas. Esta é uma maneira de conquistar apoio extra-sindicato para a causa? Este tipo de atitude contribui para o movimento?
Por que será que quase todo movimento não consegue enxergar para fora de suas fileiras? Se não se conquista quem ainda não está no movimento e, ao contrário, até espanta, com fazer o movimento crescer e fortalecer?
Acredito que as reivindicações sejam justas. Porém, esta é a maneira?


Ps.: para saber mais sobre o que estou questionando acesse: http://www.sintufsc.ufsc.br/wordpress/?p=8251