06 setembro, 2015

CANÇÃO PEQUENA PARA INCOMODAR O SONO DOS GRANDES


E, continuando com o tema infância, dedico esta singela canção de EDVALDO SANTANA às pessoas que se esforçam para que a festa no playground seja contínua e também àquelas que são dedicadas fãs dos mini-presídios entupidos de sonhos frustrados.
A reflexão sobre o tema não é obrigatória, mas sugiro uma visitinha ao romance Oliver Twist, de CHARLES DICKENS aos que pensam que maltratar crianças é coisa de hoje.




CANÇÃO PEQUENA
(Edvaldo Santana)

Agora o menino dorme
Na sua postura correta
Sozinho na noite enorme
Como quem dorme
De forma completa

Por não ter havido outro jeito
Senão crescer depressa e a esmo
Na escola da rua e ter feito de si
O indefeso refém de si mesmo

Por não ter havido diferença
Entre as coisas da vida e da morte
Foi morto com bala de polícia
Mas podia ter sido de crack ou de corte

Passarinho não cantou
Nessa madrugada
Foi um jeito que ele arrumou
Pra ser camarada

Ps.: Saiba mais navegando pelos HYPERLINKS (palavras realçadas). Há. inclusive, um disco do Edvaldo para download.

04 setembro, 2015

HÁ CRIANÇAS NAS PRAIAS, RUAS E CAMPOS



Muito se disse, se diz e se dirá a respeito da infâmia que a parte de cima da imagem encerra. Pouco foi, é e será feito para interferir nos motivos de existirem situações como esta.
Tem sido assim desde muito tempo, o que se pode constatar informando-se a respeito do que ocorreu durante o tráfico negreiro, na invasão da América pelos europeus, na Guerra NO Paraguai, na Guerra do Contestado ou e Canudos, para citar episódios mais próximos de nós, brasileiros. Na falta de tempo para folhear algum livro de História, basta olhar para as esquinas e ruas por onde trafegamos.

Esta tragédia existiu, existe e continuará a existir enquanto houver a possibilidade de enriquecimento com a mesma.
Para amenizar o papo, uma canção dos tempos em que refletir sobre uma letra de música não estava fora de moda: HAY UN NIÑO EN LA CALLE - CALLE 13, DE Armando Tejada Gómez, magnificamente interpretada por Mercedes Sosa e devidamente ilustrada pelo cotidiano.




Ps.: a parte de baixo da imagem está aí por um mero acaso contemporâneo.