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22 julho, 2011

EDUCAÇÃO É PRIORIDADE? - RECOMENTANDO OS COMENTS

Vamos lá, se é que é possível, recomentar os comentários que, na verdade, são a vitamina do blog.

Gilberto disse...
Meu caro, como falei lá no twitter a conclusão do teu texto é bastante sensata. Além disso, tem algo que me questiono em relação ao movimento de greve: por que razão tal greve não ocorreu no governo anterior. Afinal, a situação já estava posta! E ainda por cima ex-governador e ex-secretário de educação foram eleitos senadores. Ano passado não havia problemas?

Recomenting... Penso em duas possíveis razões para o movimento só ter chegado às raias da greve no atual governo:
- talvez tenham esperado a decisão do STF sobre o piso salarial da categoria e, então, ter mais respaldo jurídico; e,
- talvez tenham acreditado, como costuma acontecer, que as melhorias viriam com u novo governo, mesmo que fosse o de Colombo, pois seu slogan era (ainda o é?) “as pessoas em primeiro lugar”.

Anônimo disse...
Primeiro belissimo texto, adorei inclusive o desfecho, mas gostaria de me colocar frontalmente contra qualquer tipo de manifestação grevista ou "reclamista" dos professores. O que temos assistido na educação publica é um monte de pseudos professores que ganham muito bem quando comparadas a outras profissões reclamando de salarios e ensinando muito pouco, melhorem a qualidade do ensino, cada um dentro de sua sala e depois vamos discutir salarios, os professores hoje são a categoria profissional onde as anomalias pensantes são as mais profundas, sinto muito pena de crianças que estudam em escolas publicas pelo descomprometimento dos professores enquanto houver corporativismo e não pudermos mandar embora maus professores sou contra todos pois meu desejo é ficar a favor dos bons professores... e você é a favor da manutenção desta situação?

Recomenting... Brigadim pelo elogio.
Quanto à sua pergunta, creio que fica claro que não sou “a favor da manutenção desta situação”. Até porque não vejo tanta qualidade na educação privada, com raras exceções. Principalmente, pelo fato de que quem estuda ou põe o filho em escola privada – universidade, inclusive – está pagando duas vezes pelo mesmo serviço.
Quanto aos salários dos professores, lamento discordar: teriam quer sofrer muitos reajustes para serem “baixos”: o setor da construção civil está pagando bem melhor.
E, sobre o “descomprometimento”, a meu juízo quem não tem compromisso coma Educação é a Sociedade que, por aparente incorência, é quem paga. E, como você sabe, não paga pouco!

Luiz Martins disse...
A educação voltará à pauta nas próximas eleições, uma vez mais para compor promessas vazias e compromissos nunca cumpridos. Aqui na UFABC, há uma pressa repentina para a inauguração do campus de S.Bernardo do Campo... dá pra imaginar qual seria a motivação dessa pressa, o prefeito e ex-ministro Luiz Marinho, amigão do "homi", é o maior interessado... Enfim, cabe principalmente aos educadores o papel de manter a pressão e a liderança da eterna luta pela Educação (isso sem excluir, é claro!, os demais movimentos populares).

Recomenting... Meu cumpadi de imemoriais tempos unicampianos, é como você mesmo disse: para que o tema Educação não venha à baila apenas durante as campanhas eleitorais é preciso que os educadores, assim como os demais movimentos populares, mantenham-no vivo pela vida inteira, na rua, na chuva ou numa escolinha de sapé.

Fabrício Biff disse...
Mesmo Colombo que votou a favor da Lei do Fundeb era senador de oposição e assim sendo jogava para torcida pensando no futuro político sem se importar com o fato em si. O que governa agora já chegou aonde queria e faz pouco do seu voto de outrora, pois poucas pessoas como você fazem lembrar o acontecido.

Bom lembrar que Colombo foi eleito em primeiro turno e não é possível que sendo eleito junto com ele o ex-governador LHS e o secretario de educação agora senador Paulo Bauer professores em sua maioria também não tenham votado nele. O povo catarinense é avalista mesmo que de forma indireta do atual governo. O elegeu dando continuidade a dois governos que o antecederam.

Sem duvida alguma professor inicio de tudo. Professor de mal com a vida aluno na maioria das vezes mal ensinado e muito mais mal educado. Mas como a coisa anda mesmo que criem bons indivíduos os mesmos poderão se perder pelo caminho se os valores hoje apresentados pela sociedade não mudarem. Ficou difícil ser honesto.

Quanto a sindicatos e seus integrantes tenho minhas dúvidas. Existe gente boa, mas também existe muita gente negociando por trás dos panos e lucrando com isso. Sem contar os palanques políticos montados a cada greve. Piso já diz tudo, é o mínimo. Agora cabe aos “educados” da justiça darem direção a situação. Em tempo, o brasileiro quase que num todo é muito mal pago e todas as profissões tem seu valor. No mais nada mais me espanta.

Recomenting... Você falou e disse: poucos eleitores enxergam a importância que tem o voto. Tem até o pessoal que se recusa a votar ou vota nulo e passa a vida reclamando, e seguindo, os ditames dos eleitos. Também acredito que grande parte, senão a maioria, de professores e alunos votou no atual governador, cuja campanha apresentou-se como continuação das administrações LHS, Pinho Moreira e Pavan. Pinho até voltou. Quanto a Salário, dependendo da análise, ele sempre é pouco, pois nunca reflete o valor real do que o trabalhador produziu.

Ps.: pode ser interessante tomar conhecimento das sugestões para a continuidade da mobilização do magistério catarinense nesta postagem do blog do MOACIR PEREIRA.

15 julho, 2011

EDUCAÇÃO É PRIORIDADE?



Todos os brasileiros - ou quase todos – acreditam que Educação, assim como Saúde e Segurança, é importante. Por isso mesmo, quando das campanhas, eleitores e candidatos (independentemente de opção partidária) e também aqueles que defendem que o Mundo seria mais feliz sem a Política, requerem e/ou prometem melhorias nesses três itens básicos na cesta vital de qualquer ser humano. Entretanto, pouquíssimos são aqueles que se atêm a alguns, porém fundamentais, detalhes: que melhorias são essas tão propaladas durante as eleições? o quê vai melhorar? como e para quem vai melhorar?

Curiosamente, esses mesmos “todos os brasileiros” não acreditam que alguma coisa vá realmente melhorar e vêem as promessas como pura isca de boca-de-urna. Lamentavelmente, via de regra, Educação não passa de um tema que ocupa cabeças e conversas durante certo período e sai de cena logo que o voto é depositado na tecla.

Apuradas as urnas, o eleito descobre que os recursos são parcos e as dificuldades são muitas, que precisa de mais prazo e fecha-se no clássico e conhecido “agora não vai dar; vamos por ordem na casa, primeiro”. Como, normalmente, não é cobrado pelos eleitores, dorme a paz dos justos.

O eleitor, por sua vez, volta-se para seu viver comezinho enquanto torce para ser aquinhoado com alguma sinecura, por mais passageira que seja. Então, não conseguindo uma boquinha sequer (tetas e bocas sempre são poucas), volta-se para o muro das lamúrias ao qual já está acostumado e sem o qual seu viver parece perder a graça. Lamuriar é a principal característica da Cultura Judaico-Cristã (antes que saquem as armas, falo de Cultura e não de Religião): aquela velha crença que os humildes serão exaltados... que é mais fácil um camelo passar...

Escrevo num momento em que ocorre uma greve histórica e crucial dos professores da rede catarinense. Histórica porque o principal motivo é a recusa do Governo Estadual em cumprir a lei que cria o FUNDEB, aprovada em 22/05/2007 pelo Congresso Nacional, merecendo o SIM do então SENADOR RAIMUNDO COLOMBO, como pode ser conferido à página 4 de 23 das VOTAÇÕES NOMINAIS. Lei esta que teve sua constitucionalidade sacramentada pelo STF. Crucial porque dos seus resultados depende o presente de alunos, professores e pais, enfim, a Sociedade como um todo.

Deveria ser imprescindível que a Sociedade se envolvesse nesse processo, cobrasse e acompanhasse a execução de soluções que propiciassem avanços na qualidade do ensino público, porque paga por ele. Mesmo os pais que podem pagar – e também os que pagam sem poder – para que seus filhos estudem em escolas privadas (pagando duas vezes, portanto) precisam participar. Porém, o desejo geral é que o filho estude na rede privada de ensino, podendo pagar ou não. Esse fenômeno social responde a pergunta do título: Educação Pública não é prioridade; não, além dos discursos. Da mesma forma que Saúde e Segurança, Educação Pública não é prioridade para o eleitorado composto, em sua maior parte, justamente por alunos, professores e pais. Caso fosse, governantes e legisladores, ao contrário do que acontece, dar-lhe-iam prioridade real, posto que não existe candidato suicida. A Educação também não é prioridade para sindicatos de empregados (que precisam se preparar para o trabalho) nem para associações de empregadores (que precisam de empregados preparados).

A meu juízo, o professor é o profissional que tem mais de interferir na atual situação: ele é o único empregado que cria seu patrão quase que desde o berço, hoje em dia. Quando seu aluno crescer comporá tanto o eleitorado quanto os poderes executivo, legislativo e judiciário. O professor é o principal colaborador na formação da visão de mundo e do conjunto de valores do seu patrão. Tem a faca e o queijo; só precisa tomar cuidado para não cortar o dedo.

Quanto à presente greve, o vulgo costuma dizer que “mais vale um mau acordo que uma boa demanda”. Porém, como não sou professor, só posso conjeturar a respeito do movimento. Imagino o professorado voltando às aulas para que os alunos não tenham seu período escolar prejudicado ainda mais. Enquanto isto, sua entidade de classe aciona a instância juridicamente competente, pleiteando o recebimento de cada real que tenha faltado no seu salário desde a aprovação do PISO SALARIAL. E tem esse direito porque é desta maneira que o Estado age quando, por algum motivo, o cidadão fica em débito com seus impostos: toma-lhe, judicialmente, até a casa de morar. A decisão do STF é a garantia jurídica que pode embasar este processo.

Que te parece?


Ps.: nos HYPERLINKS (palavras realçadas) tem o voto de Colombo a favor do FUNDEB.

10 julho, 2011

SANTA CATARINA: GREVE DO MAGISTÉRIO

Nada melhor do quem habita o olho do furacão para nos falar sobre a ventania. É por isto que tomo a liberdade de postar aqui o lúcido desabafo de alguém que tem a coragem e a perseverança de poucos para desempenhar aquele que deveria ser o trabalho mais importante aos olhos da Sociedade.
Principalmente por isto é que transcrevo as palavras de Emy Francielli Lunardi, originalmente publicadas no blog de MOACIR PEREIRA, jornalista do GRUPO RBS (e espero que ambos não fiquem chateados). Palavras que desejo que RAIMUNDO COLOMBO, Governador de Santa Catarina, e seu staff também tenham lido.
Estou curioso em saber a opinião daqueles que me privilegiam com sua visita a este blog. Portanto, aguardo comentários. Propositivos, é claro.
E vamos ao que interessa que a vida não tem pressa, mas também não espera!

"Relato penoso de um jornalista
9 de julho de 2011

”Prezado Moacir,
escrevo-te hoje pois cansei de ler e ouvir a “versão diplomática” (usando um eufemismo) dos meus colegas jornalistas (com exceção da tua pessoa). Escrevo-te como jornalista e como professora indignada… Gostaria de expor aos desinformados como o governo deste estado cumpre suas promessas e as leis. Permita-me falar em primeira pessoa, ou seja, falo por mim, não por meus colegas, nem pela minha escola, tampouco pelos professores em geral.
Antes, sinto-me impelida a reconhecer que, de acordo com a decisão de nossa regional (Xanxerê), voltei às aulas ainda na 5ª feira passada (07/07). Levo algumas conquistas na bagagem:

1º – meu salário, que deveria ser 11A (afinal possuo mestrado), continua no nível 7A (afinal, sou só uma ACT, e, como tal, obviamente deixo meu conhecimento em casa quando vou dar aula);

2º – meu salário aumentou inacreditáveis 26 reais mensais, se eu o receber integralmente… Ah, esqueci, mas eu perdi o prêmio assiduidade no final do ano, portanto, meu salário DIMINUIU 41,30 reais mensais;

3º – meu contracheque de junho veio com os descontos da greve: 23 dias. Vejam que conta fabulosa!!! – eu trabalho 3 dias (manhãs e tardes) por semana para o estado, de modo a cumprir 20h (não, eu não estou equivocada, deveria trabalhar 2 dias, mas trabalho 3, e recebo por 2 mensalmente, mas isso é outra história…) ou seja, uma vez que o mês tem 4 semanas, eu trabalho para o estado entre 12 e 15 dias no mês. No período do referido contracheque eu deveria trabalhar 14 dias, trabalhei 3, e tive 23 faltas!!! A secretaria de educação deste estado é realmente muito estudada, para eles 14 – 3 = 23…

4º – as medidas do governo afetam também os aposentados da educação, no caso, minha mãe – que trabalhou 36 anos em sala de aula e está aposentada há 17 anos – ganhou um DESCONTO de 200 reais (prêmio jubilar), DESCONTO de 43,46 reais (regência de classe) e DESCONTO de 71,88 reais (aulas excedentes);

5º – a lei, pelo cumprimento da qual entrei em greve, será apreciada por um grupo de estudos e sua aplicação será discutida até janeiro do ano próximo, para ver sobre a viabilidade de sua execução, no presente, sem sequer falar no pagamento dos atrasados devidos desde 2008…

6º – a partir da mesma data (janeiro/2012) o valor da regência e das aulas excedentes serão restabelecidos ao patamar de antes da greve. – Ah! esqueci-me, sou ACT, meu contrato acaba no dia 20 de dezembro, logo, eu não verei essa reposição afetar meus rendimentos…

7º – embora a decisão judicial que exigia a restituição dos descontos do mês de junho ainda não tenha sido cumprida, eu tenho a palavra do Sr. Governador que me restituirá tão logo eu reponha os dias letivos perdidos – claro, eu sou uma alma caridosa que não recebe salário, trabalha mais do que é paga para trabalhar e ainda pega dinheiro emprestado para pagar o transporte até a escola.

Com todas essas conquistas, como eu posso reclamar??? Vejam outros exemplos de como a situação da educação melhorou depois das promessas do Sr. Governador:

- nas manhãs geladas (-2ºC) dessa semana, eu e meus alunos encontramos as mesmas salas com vidros quebrados, goteiras, SEM LUZ ELÉTRICA, e o telefone e a internet já não funcionam mais;

- na 5ª feira pela manhã, comecei dando 5 aulas (quando deveria dar 3), porque estamos defasados de professores – não, eles não estão em greve!!! – estão doentes. A questão é que, essa semana nada se resolveu, afinal, já era 5ª feira… Semana que vem, possivelmente, as aulas vão para a escolha (mas, como no início do ano, há mais vagas que candidatos a elas) e se ninguém escolher, depois do dia 12, não pode mais contratar, porque já fechou a folha do mês… Então novamente preciso explicar aos meus alunos que eles, que já ficaram 20 dias no começo do ano sem aulas de matemática, religião, ciências e geografia, possivelmente ficarão mais 30 dias sem professores de artes, ciências, matemática e religião, e que os alunos do 4º e 5º ano ficarão 30 dias sem professor. Mas isso não precisa ser reposto. Afinal, o diretor e o secretário (2 pessoas) vão substituir esses 6 professores com facilidade e conhecimento suficientes…

- afora isso, encontrei novas ameaças acrescidas às já antigas: corte do salário também do mês de julho, a restituição dos descontos apenas se todos os grevistas voltarem às escolas, possibilidade de contratar ACTs (Deus sabe de onde…) para substituí-los, não-votação da lei complementar pela Alesc até agosto, volta ao salário de março (Deus queira!!!) execração pública na mídia, pressão de pais que não aguentam mais UM filho em casa (mas professor precisa lidar diariamente com 30 por turma…), fim do meu plano de carreira… e nem sei mais o quê.

Neste momento, infelizmente, me sinto como muitos personagens que costumo evocar nas minhas aulas de história: os farrapos que, em 1835-45, lutaram pela república no Império; os federalistas que, em 1893-95, lutaram por uma república mais justa no início do regime republicano; os pelados do Contestado (1912-16) que lutaram por um governo mais justo e igualitário; os “subversivos” que lutaram pelo retorno à democracia sob o regime ditatorial (1964-1985). Identifico-me com todos eles, não apenas porque tiveram a coragem de lutar por seus sonhos, mas porque todos acabaram, invariavelmente, difamados, julgados, condenados e, em muitos casos, mortos (para não dizer massacrados) pelos poderosos que ousaram enfrentar… chamados de revoltosos, monarquistas, fanáticos, loucos, malditos…

Diante disso tudo, vocês hão de me perguntar: “por que você voltou para escola?”

Eu respondo – com certeza, não foi por acreditar em promessas, em avanços ou em ameaças. Voltei pelos meus alunos e porque acho meu dever de professora de História contar-lhes essas trajetórias e ensinar-lhes as seguintes lições repetidamente, antes de abandonar essa profissão:

* a república brasileira foi proclamada em 1889 – por um golpe de estado. Os economicamente mais favorecidos da época fizeram o possível para apossar-se do poder – e não o largaram até hoje!!!

* no início da república, inventaram a troca de favores em busca de legitimação política – prática que permanece até hoje: uma cesta básica por um voto. E se cada eleitor não parar de trocar o seu voto por uma migalha, vai continuar perdendo milhões em impostos por quatro anos para os corruptos da vez.

* numa república representativa, a soberania está no povo. Os ditos “governantes” são nossos representantes, nossos empregados, não o contrário. Mas continuarão mandando em nós e desvirtuando suas funções se cada um não aprender a fiscalizar aquele em que depositou seu voto.

Por que meus alunos precisam saber disso? Porque nesses 122 anos de república a história não tem se desenrolado, tem se repetido, tem gaguejado… e só vai mudar quando cada um mudar a si mesmo e tomar as rédeas de sua própria história na mão.

É o que cada professor desse estado que entrou na greve esse ano tem tentado fazer. Sinceramente, gostaria que dessa vez a história não se repetisse… mas não tenho tanta certeza… Apavora-me a possibilidade, não de estar trilhando o mesmo caminho, mas de atingir o mesmo precipício… o mesmo fim… e, pior, de não ter sequer alguém para, daqui a 50 anos, dizer aos seus alunos que havia uma outra versão que não a dos vitoriosos, porque me parece que se eles vencerem dessa vez, não haverá futuro para os professores, nem haverá professores no futuro…

Emy Francielli Lunardi.”

Ps.: saiba mais clicandonos HYPERLINKS (palvras realçadas).

09 junho, 2011

O GOVERNO COLOMBO É DE CONTINUIDADE?



Durante a campanha rumo à eleição para governador, RAIMUNDO COLOMBO valeu-se do slogan “AS PESSOAS EM PRIMEIRO LUGAR”. Hoje em dia, creio que boa parte dos catarinenses que se consideram pessoas deve estar se perguntando nestes cinco meses e alguns dias de governo:
- “A quais pessoas Colombo se referia? Com certeza algumas pessoas estão sendo colocadas em primeiro lugar. Porém, quem serão elas? Qual será a atividade que desenvolvem para que mereçam a deferência?”
Até onde é possível notar, a maioria dos catarinenses parece não estar “em primeiro lugar”. Se não, vejamos.
- Hospitais públicos estaduais estão em reforma desde o governo passado.
- Profissionais da segurança pública estão com seus salários defasados e sem condições de trabalho desde o governo passado.
- Rodovias estaduais continuam com a mesma quantidade de quilômetros que no governo passado.
- Os professores estão com seus salários reduzidos (ilegalmente segundo entendimento do STF) desde o governo passado.
E por aí vai...

No início do mandato, Colombo decidiu interromper os investimentos por quatro meses para “ECONOMIZAR” recursos necessários à execução das prioridades. A meta era guardar R$ 1.000.000.000. No quinto mês reuniu o staff e exigiu uma REDUÇÃO DE 15% dos gastos com custeio. Estamos em junho e a as pessoas aguardam novas deliberações.
É óbvio que quem acompanhou a campanha ouviu afirmações dos candidatos da TRÍPLICE ALIANÇA (PMDB, DEM, PSDB e outras siglas de somenos importância) de que o futuro governo de Santa Catarina seria de continuidade, em caso de sua vitória. Vitória que foi alcançada ainda no primeiro turno, tanto pela força política da Tríplice como pela fragilidade política dos candidatos opositores.
Não se pode acusar Raimundo Colombo de se ter desviado das suas promessas feitas aos eleitores que, democraticamente, o escolheram. Em resposta aos seus eleitores a administração tem sido de continuidade e estamos conversados.
Ou não?


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