29 dezembro, 2014

E COMO FICAM OS CLUBS DAS OUTRAS BEACHS?



Recentemente, mais uma vez alguns dos luminares da imprensa catarinense, mais especificamente de Florianópolis-SC, fizeram de suas teclas, telas e microfones dedicados defensores de um dos direitos a que os chamados “beach clubs” alegam ter: ocupar a praia com cadeiras, mesas e outros equipamentos destinados ao conforto de seus clientes. Uma das argumentações apresentadas em prol dos tais direitos é a de que estes estabelecimentos contribuem com os cofres públicos através dos tributos recolhidos, além de gerarem muitos empregos.
Para quem não conhece Florianópolis ou não sabe o significado do termo, BEACH CLUBS é como são chamados alguns dos estabelecimentos destinados ao lazer e à gastronomia sofisticada situados, principalmente, no bairro Jurerê Internacional. Todos os problemas envolvendo estes “clubes de praia” desfrutam de farto espaço no noticiário local. Provavelmente, merecem este tratamento.
Pois bem. O vídeo abaixo foi realizado em 26/12/2014 num dos pontos da Praia dos Ingleses, uma das mais bonitas de Florianópolis. Praia que, lamentavelmente, parece não despertar o interesse dos próceres da imprensa local. Como se pode constatar pelas imagens, não se trata de um regato em flor em busca de desaguar no mar.
Assim como a Praia dos Ingleses, outros balneários da Ilha e do continente padecem, principalmente, da falta de Saneamento Básico. Oras, por que será que a mídia impressa, televisada e radiodifundida não dá a mesma atenção aos problemas dos moradores, frequentadores e empresários dessas praias como acontece no caso dos moradores, frequentadores e empresários da Praia de Jurerê Internacional?
Será que a imprensa florianopolitana divide as praias da Ilha como sendo de primeira ou de segunda classe?




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25 dezembro, 2014

ROCK THE NATAL!

Ministério do rock adverte: não recomendado para tímpanos frouxos.
Rebenta o volume aí que é JOEY RAMONE, o cara que punkou o punk!
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24 dezembro, 2014

NÃO LAMURIE, REME!

"Leve um homem e um boi ao matadouro
o que berrar é o homem
mesmo que seja o boi"

Interessante esta indignação que assola a lateral esquerda ao tomar conhecimento da escalação do escrete ministerial que entra em campo em 2015, capitaneado por Dona Dilma, nossa Presidenta. Sim, nossa Presidenta. Digo-o da mesma forma que dizia estar presidentado por Lula, F(T)HC, Itamar, Collor ou ditadoriado por Figueiredo, Geisel et caterva. Porque, conforme já disse em postagem anterior, os eleitos nos representam, mesmo que nem sempre façam o que julgamos adequado; mesmo que não os aceitemos; mesmo que tenhamos votado em outro candidato, anulado o voto ou ter optado pela abstenção.
Por gosto ou por desgosto do político eleitor, o político eleito para chefiar a administração – federal, estadual, municipal – terá que dividir as tomadas de decisão com os políticos eleitos para criar as leis e com os ocupantes do Poder Judiciário, cuja função é cuidar para o bom andamento do processo. Então, vamos parar de chorumelas e cobrar trabalho dos escalados por Dona Dilma. E cobrar trabalho não é se incrustar no muro das lamentações oferecido pela grande inpremça, representantes dos patrocinadores de sempre, cujos interesses são o nosso real problema.
A cultura judaico-cristã instituiu a ideia do “salvador da pátria” com tal eficiência que até ateus e a toas acreditam nisso. Os resultados têm sido decepção e revolta inútil. Mais importante que o diretor são as diretrizes a serem executadas por ele. Posto isto, vamos fazer as cobranças no campo das diretrizes, vamos influenciar na sua formulação. É por aí que avançaremos rumo a melhores condições de vida para todos. Todos os ministros são demissíveis e sua manutenção no cargo dependerá de como a maior parte da população encarar o trabalho a ser executado por eles. A força está no movimento, não no lenço.
Quanto aos puristas de plantão, que curtem recitar poesia enquanto alguém toca a canoa, lembro o que aconteceu em Santa Catarina. Creio que foi o único estado em que o PT lançou chapa pura ao governo. Na hora da onça beber água, boa parte dos políticos eleitores que abominam as coligações armadas para vencer eleições pulou da canoa. Quando CLÁUDIO VIGNATTI foi conferir os votos dos puros de consciência, eles não estavam lá. Preferiram a segurança da arquibancada que o risco da arena.

Assim sendo, vamos arregaçar as mangas e pegar o remo que nos couber, seja ele de situação ou de oposição ao que propor o capitão da canoa, conforme os anseios de cada um. Dizem que, na luta entre o rochedo e o mar, quem sofre é o marisco. Talvez seja opção do marisco. E sofrimento é uma opção que não costuma contribuir.

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22 dezembro, 2014

HAVE A NICE TRIP, JOE!

Aumenta o volume aí, mô povo!
O Woodstock não é o de 69, mas o Joe é o próprio.
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QUEM MORRE NA VÉSPERA É PERU


Só para variar, o blog vai na contra-mão dos SARDENBERG’s e ACMelhados que pululam nas GloboVeja’s e suas variações. Os catastrofistas, desde fins de 2002 parecem seguir a cartilha de Nostradamus e insistem na crença de que o mundo vai acabar em choro e ranger de dentes. Isto, mesmo depois de INRI CRISTO garantir que o mundo só acaba para quem...
Voltando à vaca fria, confiramos alguns sinais da tal crise que mortal nos aguarda.
Comecemos pela catástrofe-mor: o propalado estertor da Petrobras – que, no passado, seus amantes tentarão rebatizar de Petrobrax. Como é possível que, mesmo após os alertas dos fãs do ex-futuro ministro da fazenda do inderrotável Aécio, o renomado mega-investidor George Soros está ADQUIRINDO AÇÕES da empresa?! Estará o ex-patrão (ex?!) de Armínio Fraga manifestando sinais de suicídio?
Passemos a outro assunto: o caos aéreo. Lembram-se que este era um papo corrente nas manchetes da grande inpremça? Aliás, teríamos até a Copa do Caos, devido à imobilidade como impedimento de acesso aos estádios. Na verdade, o que tivemos foi a imobilidade do escrete canarinho filipônico, que não consegui acessar o gol dos times adversários. Justo Felipão, o muso dos conservadores que sempre viram nele o cabra exato pra botar ordem no barraco. Como se sabe, o pessoal que cochila na estufa adora um botador de ordem no barraco.
Pois agora, em meio a este caótico e incerto futuro que nos espreita, a TAM anuncia que vai ADQUIRIR 30 AERONAVES para vôos regionais. Com a prevista piora na Infra-estrutura, com a crise na Economia e conseqüente queda na produção e no emprego, será que os descendentes do Comandante Rolim também optaram pelo suicídio empresarial?
E por falar em desemprego, não é interessante que tenham criado o termo RECESSÃO TÉCNICA para explicar o baixo crescimento brasileiro desacompanhado da queda nos índices de emprego?
Observando bem o movimento catastrofistas – que é bem mais populoso que a Direitosa Modernista - creio que, depois de recessão técnica, surgirá o conceito crise técnica.
Enquanto isto, apesar das BOCAS DE CASSANDRA, la nave va.

Ps. 1- É óbvio que parte dos leitores preferirão ler a postagem como defesa do atual governo. O espaço para comentários está aí para isto.

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20 dezembro, 2014

OS ELEITOS NOS REPRESENTAM

Passada a eleição, Política continua sendo um assunto em pauta, pois o processo eleitoral não finda: políticos eleitos já se candidatam no instante mesmo da posse. Políticos eleitores, mesmo que não o percebam, também já estão envolvidos nas eleições seguintes. Assim sendo, o período entre uma eleição e outra pode ser usado pelos eleitores para acompanhamento e cobrança referentes aos atos dos eleitos. Também pode ser oportunidade de reflexão a respeito da importância do ato de votar – inclusive para quem prefere as opções nulo, em branco ou abstenção – já que todos os viventes participam do processo eleitoral. Mesmo aquele que se abstém participa, pois seu ato influencia no resultado. Aliás, até mesmo mortos participam, o que se constata na intensificação da influência de Eduardo Campos justamente após sua trágica morte.
Outro ponto que merece atenção é o fato de que, quando elegemos um candidato, independentemente do partido ao qual pertença, estamos oportunizando poder de decisão ao grupo de entidades e cidadãos representados por ele. No atual sistema eleitoral brasileiro, os partidos reúnem-se – ou se distribuem – conforme os interesses que representam. PP e PMDB, para citar dois, tinham filiados distribuídos em apoiadores dos dois principais concorrentes à presidência da República, Aécio e Dilma (em ordem alfabética). O eleitor que não percebe isto corre o risco de ser tratado como simples correia de transmissão de discursos fabricados por marqueteiros que são, por isto mesmo, incluídos no processo.
 Então, devido ao nosso estilo de participar da Política, no Congresso Nacional já estão formadas, entre outras, bancadas como a Ruralista, a da Escola Privada, a da Saúde Privada e a dos Grupos de Comunicação. Por qual razão será que não há bancadas da Agricultura Familiar, da Escola Pública, da Saúde Pública e da Cultura?
Afinal, por que será que estamos representados pelos eleitos, mas nossa sensação é a de que nossa vontade não?

18 dezembro, 2014

ARRIBA, CUBA!





A notícia da RETOMADA do contato entre Cuba e EUA tomou o mundo com um misto de surpresa positiva, para aqueles que torcem pela felicidade do povo, e decepção para aqueles que, ao verem um pano vermelho, tremem mais que MARIA quando é obrigado a entrar no Horto. Ainda não vi os espamos de Reinaldo Azevedo, Jabour ou Mainardi, mas curti a tristeza de YOANI SÁNCHEZ ao sentir que corre risco de perder boquinha de dedo-duro.
A manchete de alguns jornais brasileiros bem poderia ter sido: OBAMA OBEDECE JUVIDOSA DIREITISTA BRASILEIRA E VAI PRA CUBA. Ficaria perfeita nas vozes dos William’s Bonner & Waack; Casoy também não faria feio. Imagino seus semblantes ao dar a notícia sem poder repisar, por exemplo, as invencionices a respeito do PORTO DE MARIEL. Talvez fizessem figa, com a mão às costas.
É óbvio que não dá para ser romântico sobre as razões deste inicial – tomara que se amplie – afrouxar o embargo imposto aos cubanos. Uma delas deve ser o medo de que China e Rússia ocupem este espaço tão próximo do quintal de Tio Sam. Sabe-se que estes dois países estão envolvidos na construção de um CANAL TRANSOCÊANICO na Nicarágua. Até o Brasil tem posto as manguinhas de fora ao investir na construção do já referido porto.
Esta “abertura” norte-americana bem pode ser mais uma versão da clássica FRASE de Lampedusa na obra “O Leopardo”. Porém, como diz VEI LEITE, “quem vai bater está sujeito a apanhar”. Então, pode acontecer de o povo cubano fazer uma limonada deste limão e aproveitar a brecha para desenvolver mais ainda suas potencialidades.
Viva Cuba!


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15 dezembro, 2014

JORNALISMO OU PEDESTALISMO CONVENIENTE?


No programa Roda Morta (ex-TV Cultura) MODESTO CARVALHOSA, o convidado da vez, leva Nunes, o Augusto, a um orgasmo sináptico quando afirma que o governo F(T)HC era democrático, pois só ele governava. Ainda segundo ele, com Lula e Dilma, o partido é que governa.  Isto porque, para ele, o PT é um partido hegemônico, ao contrário do PSDB. Fosse eu composto de pena e bico, processá-lo-ia sem dó.
Carvalhosa também afirmou que os governos petistas aparelharam a Petrobras. E, até onde assisti o programa, nenhum dos entrevistadores lembrou-o de que F(T)HC colocou o GENRO como Diretor-Geral da ANP.
Sinceramente, há momentos em que não sei distinguir jornalista de um reles segurador de microfone. Felizmente, há exceções que nos ajudam a manter a lucidez.
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Ps.: saiba mais sobre Carvalhosa e o genro de F(T)HC clicando nos HYPERLINK (palavras realçadas)

13 dezembro, 2014

POIS ENTÃO, FOI-SE-O-BOOKIANOS...


Seguinte: falo – ou teclo – sobre Política (com “P” maiúsculo) porque gosto do assunto há muito tempo. Não é um papo que me atrai apenas em ano de eleição. Mesmo que seja um ano como este 2014, cujo processo eleitoral parece que não se encerrará nem mesmo após da diplomação dos eleitos, haja vista a quantidade de derrotados que tentam golpes no tapetão.
Gosto de Política como gosto de Arte, Urbanismo ou Futebol, entre outros temas. Como gosto, procuro informar-me a respeito. Porque gosto, discuto, questiono e aprecio ser questionado. Aquilo que não me atrai – Fórmula 1, por exemplo – não ponho à mesa nem belisco. Sentir-me-ia esquisito se fosse dar pitaco a cada domingo que o Galvão soltasse aquele simpático “Bem amigos! Estamos aqui no Autódromo...”. Prefiro curtir a Inezita Barroso.
Acredito que pensar diferente não é manifestação de inimizade. E a diferença é o sal da Vida. Porém, meu estilo de discutir não é por meio de ofensas ou puro compartilhamento de postagens de memes fabricados por assessorias de comunicação, na calada da net. Talvez por isto, nem sempre responda da forma que desejariam alguns questionadores. Mesmo quando nos bancos escolares, nunca considerei glorioso responder questionários do jeitinho que professores desejavam.
Posto isto, deixo uma sugestão – sem endereçamento – aos convivas de Foi-se-o-book: aquele(a)s que recriminam minha opção política, que se sentem ofendidos ou magoados por ela, fiquem à vontade para me deletar. Creiam que não ficarei constrangido. A amizade no plano físico, que é a que mais importa, permanece a mesma. Obviamente, se for da vontade do(a) amiga(o).
Ter bronca de pessoas ou despender energia com ofensas prejudica o funcionamento da vesícula. Por gostar de um golim e batatinha frita, prefiro não magoar a minha.
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04 dezembro, 2014

COF! COF! COF!!!



Mô povo, ontem, entrou em vigor uma perniciosa lei que vai agradar apenas aqueles que não têm o saudável costume de baforar, fumegar, tragar & cousa & lousa. Lamentavelmente, não serei atingido por mais este arroubo dos que insistem em convencer as pessoas que ter saúde é menos pior que ficar doente.
Assim sendo, seja você um fã de bitucas, fornecedor de bastonetes acendíveis ou mero simpatizante da causa, sugiro que se informe sobre o que pode e o que não pode na convivência tabacal.
A lei é clara. Confira AQUI, pra não tossir depois.
Pulmões agradecem manifestações que não sejam arfantes.
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Ps.1 - Alguém sabe quem é o grafiteiro?
Ps.2 - Saiba mais clicando no HYPERLINK (palavra realçada).

03 dezembro, 2014

CINE PARADISO APRESENTA: NADIR


Decididamente, não tenho porque reclamar das situações em que a vida me colocou. Nem mesmo daquelas em que, momentaneamente, “a boca da égua tenha azedado”. Creio que não precisa explicitar aqui o quanto gosto de cinema. Quando resolvi, pela primeira vez morar sozinho, aluguei um casarão antigo numa das melhores vizinhanças que tive o prazer de desfrutar, em COSMÓPOLIS. Então, no início dos anos 90, fui ser vizinho, dentre outras não menos bacanas pessoas, do projetista do Cine Avenida: meu amigo Nadir. Por mais um feliz acaso, o cinema ficava bem na esquina, a poucos metros de minha casa.
Lembro-me sempre de uma noite em que, passando pela frente do cinema, encontrei o Nadir, pois a sessão ainda não havia começado, e parei pra prosear. Papo vai, papo vem e nós conversando sobre a queda no número de espectadores e quais as razões disso estar acontecendo. Ele me conta que muitas pessoas, principalmente estudantes, chegavam à bilheteria e perguntavam:
- “O filme é de ler?”
Segundo Nadir, se fosse, a pessoa não entrava. “Filme de ler” significava “filme legendado”. Havia tristeza no que ele me dizia e não pude senão concordar com ele em relação à preguiça mental que, sem que o soubéssemos, já estava virando moda. Hoje em dia, quando vejo que, nos cinemas de shoppings, as sessões dubladas são as mais frequentadas, fico com a impressão de que a moda pegou.
O Cine Avenida, assim como quase todos os cinemas de cidades pequenas ou não, foi fechado. Nadir perguntou-me se havia, em minha casa, lugar onde pudesse guardar algumas coisas que precisaria retirar do prédio. Ofereci-lhe um dos quartos que eu não utilizava. Ele trouxe um bocado de coisas: latas de filme, cartazes, duas cadeiras de estofado vermelho e sei-lá-mais-o-quê. O material ficou lá até o dia em que me mudei e precisei entregar a casa. Várias noites, eu abria a porta do quarto e ficava olhando aquelas relíquias, viajando a bem mais que 24 quadros por segundo.
Na noite passada, fiquei sabendo que Nadir foi viajar. Penso que foi recepcionado em belo salão repleto de espectadores e com uma comissão organizada por Seo Hardy e composta de cineastas e atores a quem ele sempre tratou muito bem.
Boa viagem, Nadir.

25 outubro, 2014

BOA VIAGEM, JACK!

Olhaí o parceiro que vai acompanhar Junim na viagem: JACK BRUCE!



Depois deste e de Jaco Pastorius, o mundo do baixo nunca mais foi o mesmo!


Ps.: para saber mais, navegue pelo HYPERLINK (palavras realçadas)

21 outubro, 2014

BOA VIAGEM, MEU IRMÃOZIM!



Lá pelo início dos anos 80, fomos – Junim, Piu e mais alguém cujo nome não me lembro – visitar um fornecedor da Leiteria Mumu. Na propriedade havia uma olaria. Aproximei-me e fiquei observando a lida de um homem de cabelos brancos e um menino de uns quinze anos, no máximo, manuseando o barro, amassando-o e colocando-o nas formas. Na volta, vim calado, o que não é muito comum de acontecer, como se sabe. A cena ocupava-me as parcas sinapses.
Quando chegamos à casa do Piu, onde costumava me hospedar quando ia passar os finais de ano em Caldas – MG, fui direto à máquina de escrever. Arranquei pedaço de um cartaz do Espectro Contínuo, banda rockeira de Cosmópolis - SP, e enfiei na máquina. Comecei a catamilhografar. Junim veio com o violão, pôs o pé na cadeira onde eu estava sentado e começou a dedilhar. De mim, as palavras saiam compulsivamente, apesar de meus dedos gagos. Lembro-me de sua pilhéria:
- “Do jeito que você escreve, ainda vai ser escritor. Dizem que escritor não sabe escrever à máquina.”
Terminei o poema, ainda sem nome, e recostei-me na cadeira. Junim perguntou:
- “terminou?”
Eu respondi:
- “Sim. Falta o nome.”
Ele retrucou:
- “Bota ‘Sô Vicente’, que é o nome daquele senhor que estava fazendo os tijolos.”
Dito isto, arrancou o pedaço de papel da máquina, sentou-se e cantou. Nossa música ficou pronta ali. O canto está na minha mente até hoje. O poema é o que se segue:

SÔ VICENTE

o oleiro
na sua santa inocência
atolava sua imaculada mão na argila
e fazia os tijolos
que formariam o muro
barreira
entre o pomar do patrão
e a fome dos seus filhos

o bom deus
como de hábito
espalhava suas eternas bênçãos
sobre o homem de boa fé
seculus seculorum
amém...

AMÉM?!

Ps.: a foto é da vez mais recente que nos vimos.

10 outubro, 2014

PILATEAR TAMBÉM É DEMOCRÁTICO


É interessante como fazer comentários sobre comportamentos políticos passou a ser considerado agressão ideológica ou tentativa de catequese. Pelo jeito, parece que só é possível conversar se se estiver de acordo com as crenças e praticâncias dos demais participantes do embate. Embate que, normalmente, é considerado - ou buscado - como se fosse um combate. À Ágora moderna só de vai de tacape ou bíblia em punho.
Como nunca fiz nem faço questão de acompanhar movimentos, tampouco pretendo acusar quem quer que seja, prefiro comentar comportamentos. Até porque, Quando cito alguém, algo ou algum lugar é para não ficar papeando nas nuvens. Posto isto...
É bacana, do meu ponto de vista, ver partidos políticos – ou entidades, como no caso de Marina – liberando seus filiados e simpatizantes para que não votem ou, se decidirem votar, que o voto seja dedicado a este ou que não seja dedicado àquele. Se isto não é pilatear politicamente é o quê, então? E já deixo claro que nada tenho contra o costumeiro hábito de lavar as mãos, tão próprio da cultura judaico-cristã.
Lavar as mãos, além de evitar incômodos sanitários, permite que o “lavante” se sinta “não responsável” pelo que acontecer, já que ele acredita que não participou do processo. Como se o defunto não fosse partícipe da própria missa. E dou meu próprio exemplo: não participei da tomada de decisão que deu o golpe civil de 1964, tido como militar, mas contribui para a permanência da respectiva ditadura. Participei, por exemplo, ao receber um doce de meu pai, já que eu tinha nove anos em 1964. A compra do doce gerava tributos que contribuíram, naquele período, para que os governantes de então fizessem o que fizeram. Da mesma maneira, as pessoas que foram para as ruas marchar com a família & cousa & lousa e as que pegaram em armas, participaram dos tais anos de chumbo (chumbo cor-de-rosa para alguns direitosos modernos) cada um a seu modo. Obviamente, também houve os que lavaram as mãos. Reconheço que as conseqüências foram um pouco mais danosas que as resultantes de outras lavações, como a atual.

Voltando ao título, pilatear, embora implique em co-responsabilidade, talvez seja o ato mais praticado nas democracias.

06 outubro, 2014

O ELEITORADO PAULISTA




Considerando a votação deste 2014, no Estado de São Paulo, quedo a imaginar qual cientista político seria capaz de apresentar uma explicação razoável a respeito dos resultados advindos das urnas. Creio que PERRY ANDERSON – e até mesmo BOBBIO – teriam menos dificuldades em destrinchar a opção BERLUSCÔNICA de alguns países europeus que explicar a “voz rouca” paulista.
Não faço esta observação motivado pela expressiva votação do candidato tucano à presidência. Estava prevista. O que me chama à atenção é a reeleição do governador. Num Estado que, segundo alguns, tanto clama por mudanças, ele chega ao seu quarto mandato, ao final do qual o estilo tucano-paulista de governar terá completado 24 anos. Quase um reinado, se me permitem o chiste.
Outro fato interessante é ver o artista TIRIRICA, que muita gente indignada apontava seu mandato de Deputado Federal como resultado das vicissitudes da política brasileira, ser o segundo deputado mais votado, com 1.016.796 declarações explícitas de apoio. Nada tenho contra Tiririca. Até porque ele é considerado um dos parlamentares mais assíduos do Congresso. O interessante, neste caso, é a “aparente” incoerência entre o discurso do eleitorado e a sua prática.
Pensando bem, creio que o mais indicado para analisar o estilo da maioria dos paulistas escolher seus mandatários talvez seja VOLTAIRE, alguém que entende um bocado da alma humana.

É óbvio que estou generalizando. Porém, estarei equivocado?

Ps. 1 - Como se sabe, generalizar não é totalizar.
Ps. 2 - Saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas)

05 outubro, 2014

VOTO SIM!

A poucas horas do início da votação que elegerá @ mandatári@, a GLOBONEWS transmitiu uma edição especial centrada nas Eleições 2014. Entre outras matérias, exibiu o perfil, segundo seu estilo de isenção, dos três candidatos mais prováveis de alcançar o sucesso. Obviamente, para mim, iniciaram com o perfil de DILMA acentuando sua participação no movimento político que enfrentou a ditadura civil, estrelada por militares.
Em seguida, o programa apresentou o perfil de AÉCIO, destacando sua participação numa escola de samba mirim, sua ligação com Tancredo, e seu desempenho como governador de Minas, estado em que seu candidato, “estranhamente”, parece que será derrotado ainda no primeiro turno. Faltou fecharem com uma frase do tipo “um cara supimpa!”.
Por último, apresentaram o perfil de MARINA, com suas dificuldades em sobreviver às doenças e às relações políticas entre outras procelas. Fosse eu de ter dó, teria. Porém, não sendo um fiel praticante da cultura judaico-cristã, igualmente não pratico a piedade ou a compaixão.
Considerando o já citado estilo de isenção, a forma de apresentar a história dos candidatos não deixa de ser uma tentativa de influenciar a tal voz esganiçada das ruas. É comum aos conservadores, antiquados e modernosos, difundirem a crença de que o devido lugar da massa é na estufa.
Eu cá, voto tranquilo. Aliás, como sempre.
Primeiramente, por saber que, independentemente do partido a que sejam filiados, os candidatos a presidente, por exemplo, representam grupos compostos de membros de vários outros partidos. A diferença está nas propostas apresentadas e não nos apoios, declarados ou não.
Segundamente, porque gosto de ler jornais desde que aprendi as primeiras palavras. Também tive o privilégio de ter frequentado a UNICAMP nos tempos em que universidade realmente merecia este epíteto. Lá, quase me tornei um estudante de História.
Terceiramente, porque tenho razoável memória e sei o que eles fizeram no passado. Além de ter nascido naquelas Geraes que, de há muito, merecem outro destino que não o de ver seus veios abertos e sugados pelos mesmos.
Quarta – e finalmente – porque, conforme ficou claro no DEBATE DA GLOBO, o derradeiro antes da votação, os opositores de minha candidata preferida juraram de pés juntos que vão manter os programas do atual governo (BOLSA FAMÍLIA, PRONATEC, PRÉ-SAL et caterva), pois reconhecem sua importância.

Assim sendo, você que não vai votar em Dilma, diga-me porque razão vai votar em outro candidato. Que tal elogiar seu candidato? Vamos lá?

BOA VIAGEM, CARVANA!

Diga lá, ó HUGO CARVANA, vais trabalhar?
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01 julho, 2014

POR QUEM COCHILA O POVO DA ESTUFA






No Roda Morta (ex-TV Cultura) estão discutindo os 45 da referida. Para quem acompanha a emissora desde os Anos 70, é triste constatar que ela, hoje, tem menos liberdade de opinião que ao tempo de Quércia e Maluf. Os tucanos, a partir de Mário Covas (faço questão de deixar claro) conseguiram ir mais fundo, arrastando esta ex-jóia da comunicação para o lodo.
Não é fácil ouvir José Giannotti (é assim que se escreve?) dizer que os militares tinham mais caráter que os políticos de hoje, pois prometiam matar e matavam, mesmo.
Ouvi um tal José Petry (da Veja, só podia ser!) afirmar que nos EUA, ao contrário do Brasil, a Comunidade interfere na Política. Putz! Será que na redação deste energúmeno (quem não souber o significado, que googueie) nunca citaram um tal de Edward Snowden?!
Ouvindo uma alcatéia de reaças como esta, chego a sentir remorso de tripudiar com o pessoal que cochila na estufa. Pra onde mais poderiam ir, se estes são os seus alimentadores mentais?
Hector Babenco? Confira que pérola que tascou: "não existe imprensa brasileira contra o governo".  "[A imprensa] é extremamente submissa, sem nenhuma responsabilidade com a verdadeira função jornalística". Será que se referiu à ex-TV Cultura ou à GloboVeja?
Enfim, do pequeno trecho que assisti, salvou-se a Glenda Mezarobba. Ela perguntou ao Janota, que havia afirmado que o caráter dos políticos brasileiros deteriorou, se este caráter era melhor antes, ao Respondo eu mesmo: para um tucano, a pior coisa é ouvir comparações. Né, não?


A quem interessa possa, o programa também pode ser visto no TV CULTURA CMAIS

15 junho, 2014

MEMÓRIA SELETIVA


Dentre alguns mitos desenvolvidos pela minoria que usufrui o que é gerado pela maioria – como, por exemplo, a teoria na prática é outra – temos um muito difundido e acreditado em Pindorama: o brasileiro não tem memória. E o brasileiro, em geral, quase chega a ter prazer nesta crença, pois, como não tem memória, não pode ser responsabilizado pelos seus atos. Obviamente, alguém ganha com isto. Mais óbvio ainda, embora boa parte da população prefira não perceber, é que a minoria é quem ganha.
As reações em relação à abertura da COPA DO MUNDO DE 2014, realizada no Brasil, confirma uma tese: o brasileiro tem, sim, memória; a questão é que esta memória é seletiva. Alguém ou algum grupo, em algum lugar, controla o seletor do que deve fazer parte memória da memória do brasileiro. Escolhe o que deve ser lembrado ou eclipsado. Em "1984", GEORGE ORWELL trata desta questão. Sem querer provocar e já provocando, os fãs do BBB sabem quem é Orwell?
Que a cerimônia de abertura foi chinfrim, fica difícil de discordar. Porém, bradar aos quatro ventos que teríamos o maior espetáculo da Terra caso tivessem contratado algum Joãozinho Trinta ressuscitado, é mergulhar de vez nas sombras que pululam no fundo da CAVERNA PLATÔNICA. Vejamos algumas razões?
1. Uma razão estrutural: como ficaria o gramado onde, a seguir, seria realizado o jogo inicial do torneio?
2. Uma razão cultural: o Brasil dispõe de outros cenógrafos, diretores e coreógrafos além dos que brilham na avenida.
3. A cerimônia tinha, por força de contrato, que obedecer ao Padrão Fifa, por pior que ele seja.
Neste ponto do papo, sugiro que se compare a abertura desta copa de 2014 com a de 2006, que ocorreu na Alemanha, país considerado por muitos como exemplo a ser seguido, apesar dos feitos da Siemens & ACMelhados. Experimente à vontade e tempere a gosto.


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25 maio, 2014

POR QUE MATAR UM HOMEM?



Em GRAND CANYON uma das personagens diz à outra que as respostas estão nos filmes. Não é um dos clássicos da filmografia mundial, mas a afirmativa pode ser conferida em qualquer um dos grandes filmes. Ontem, após mais uma sessão do 18º FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul, festival que acontece anualmente em Florianópolis, do qual sou fã desde 2003 quando o conheci, lembrei-me da importância do cinema como meio de responder aos dilemas humanos. “Explicar não significa “dar de mão beijada”. O cinema, como toda Arte – atenção à maiusculidade da inicial – propicia o caminho para a lavra. O caminhar, ou a vontade de, para este garimpo das respostas depende da curiosidade e, principalmente, da recusa em aceitar o que é oferecido “de bandeja”.
O filme MATAR A UN HOMBRE, de Alejandro Fernandez Almendras, que assisti ontem, trata de um comportamento que existe, talvez, desde que o Mundo é mundo: o de justiçar com as próprias mãos ao invés de recorrer e, principalmente, aguardar pela Justiça regulamentada do Estado. Simplificando a história: Jorge, um pai de família trabalhador, tem suas vida e a de sua família infernizada por um grupo de vagabundos que moram perto de seu lar. Sem acreditar no braço judicial do Estado, resolve tomar as providências que julga necessárias e imprescindíveis à paz de sua família. Depois de realizar a missão que tomou pra si, Jorge vê sua vida familiar desmoronar quando o que desejava era exatamente o contrário.
Nestes tempos em que, para alguns, há uma tentativa de transformar linchamentos em moda, pode ser interessante assistir a Matar a un Hombre. Pena que, embora tenha sido premiado como melhor drama filmado fora dos EUA pelo SUNDANCE FESTIVAL FILM não será exibido nos cinemas dos shoppings preto de sua casa. O que não deixa de ser mais uma injustiça contra a Arte.
Aliás, como alguém já disse, a Justiça não é justa. Creio que se pode incluir aí que a justiça feita com as próprias – e as próximas – mãos também não o é.


Ps. 1 - Seja fã do FAM você também. É uma das melhores coisas a se fazer em Floripa..
Ps. 2 - A imagem foi "emprestada" do blog ARTE - FONTE DO CONHECIMENTO.
Ps. 3 - Saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas).

15 maio, 2014

14 DE MAIO...


Nos estertores de minha participação no curso de História da Unicamp consegui uma bolsa de auxílio ao estudante. O trabalho era colaborar na organização de jornais antigos no Centro de Memória. Desde esta época instalou-se em meus parcos neurônios uma questão: como terá sido o dia 14 de maio de 1888?
Até hoje esta pergunta ocupa-me a mente e é o ponto que mais me instiga em tudo aquilo que se relaciona com a escravidão dos negros. Sim, dos negros. Porque, ainda hoje, como antes, o TRABALHO ESCRAVO continua a fazer parte do modo de produção instalado no Brasil após a chegada dos portugueses.
A escravidão atual difere-se daquela extinta em 1988 por dois motivos: é ilegal e inclui escravos de várias cores (não vou dizer raça pra não incomodar os anti-cotistas de plantão) e nacionalidades. Basta conferir as notícias envolvendo grandes grifes da moda e quartinhos escuros com latino-americanos dormindo aos pés das máquinas de costura. Como reação, às vezes, pessoas ilustres, juntamente com aquelas que têm vontade de parecer ser da elite, comem bananas que estampam camisetas das confecções de grife.

Fico com a impressão de que desfrutamos de outro tipo de racismo, muito mais inclusivo em termos de cores humanas, o que facilita a crença na balela difundida pela tal elite de que nosso racismo é apenas social. Apenas...

Ps. 1 - imagem "emprestada do blog FOCO CIDADÃO.
Ps. 2 - saiba mais sobre o assunto clicando no HYPERLINK (palavras realçadas)

22 abril, 2014

HISTÓRIA


Não deixa de ser interessante a ausência - nas redes sociais e órgãos de imprensa - desta data que, antigamente, era tão comentada: o DESCOBRIMENTO DO BRASIL. Para alguns, entre os quais me incluo, o Brasil, assim como toda a America, além de África e demais regiões da Terra, foi achado e não descoberto. Muitas civilizações já existiam antes de caravelas terem se lançado da Península Ibérca rumo ao Mar Tenebroso.
Em homenagem à efeméride de hoje, aí vai um singelo poemeu.


HISTÓRIA

um dia
o mastro da nau capitânea
estuprou as índias ocidentais
e...

tcham tcham tcham tchammm!

ói nóis aqui
ó!


Ps.: saiba mais sobre como é que os portugueses sentiram o baque quando aportaram em Pindorama clicando no HYPERLINK (palavra realçada).

31 março, 2014

BOA VIAGEM, CUMPADI ORLANDO.


Até hoje, lembro-me de ti, Orlando, perguntando ao Zé pela foto de teu avô. Até escuto tua voz, Cumpadi.
E lá vai a viola vida afora!









08 março, 2014

MULHERES: MAIS UM FELIZ DIA!

O Fratura Exposta retoma as atividades num dia pra lá de bacana. Principalmente, porque o Mundo homenageia estas criaturas divinas. Divinas, nos sentidos estrito e lato. E é por isto que tasco este poemeta composto lá nos antigamente, mas que ainda reflete meus pensamentos nestes atualmentes e, tenho fé, perpetuar-se-á nos futuramente. Arrombei com esta mesóclise, hein?
E vamos poetar!


pra tu vê

deus
um cabôco de muita paciência
(um trem que poderia ter feito num vapt-vupt
optou por investir uma semana da sua santa eternidade!)
fez o mundo e as coisas todas:
as paradas, as móveis e as imóveis
fez o homem
         (os imóveis inventaram os automóveis)
e de uma lasca deste
fez a mulé

pronto o serviço
deu um passo pra trás
enxugou o suor da testa
         (embora o sol só tivesse uma semana de brilho
tava de rachar mamona)
admirou aquela sua obra-prima
         (até pensou umas besteiras mas...)
sorriu satisfeito e disse:
- cuida deste trem todo pra mim, minha filha

no sétimo dia
criou as férias e partiu pra curtir uma ilha famosa
chegou a ser visto flanando pela noite do centrinho da lagoa
(embora ninguém o tenha fotografado
há quem jure ter ouvido um cabel(barb)udo exclamar
ao ver um semelhante a enfiar sementes num barbante:
- jisuis! haja paciência!)

tava feito o paraíso

não fosse este bando de cornos
(alguns estabelecidos
outros candidatos a)
que teimam em não obedecer as gerentas
a gente tava nadando de braçada

07 janeiro, 2014

NATALIA LAFOURCADE: OUTRA MARIA

Procurando a canção MARIA BONITA para cantar com nossa Maria Cândida, encontrei NATALIA LAFOURCADE cantando uma outra maria, bem mais sensível e bonita. Creio que é uma maneira bacana do blog iniciar neste 2014.
Experimentem!
{8¬)




Ps.: para saber mais, navegue pelos HYPERLINKS (palavras realçadas).