PASSIONAL

Saravá, Poetinha!
...e porque tem quem acredite no amor, tem quem não; porque tem quem creia ser impossível existir sem ele, tem quem não acredita que exista; porque além dos vários jeitos existem outros tantos; porque há os que sentem assim, há o que os sentem assado...
Hoje é dia dos namorados e, princpalmente, das namoradas!
Então, pensando nos que se atiram de cardíacos penhascos, ofereço este poemeu.
Será que, assim, penso eu?
Poz agora...*
{8¬)


PASSIONAL

Beleza
é a seda dos teus cabelos
que teço e desteço
num entremexer de dedos.
Sôfrego, trôpego, rogo-te:
ama-me!

Promete-me, ao menos, que na volta
terei teu corpo, mesmo que marcado
por bocas, goles, golpes, odores vários.
Não me interessa de quantos fostes,
concede-me um cálice do teu escárnio.

Tristeza
é não ter que pentear teus cabelos,
ornar-te de linho e colônias,
antes que a noite venha buscar-te,
posto que o teu prazer é o desejo meu.

Amo este teu jeito de amar.
Amo-te por nós e,
tibiamente, clamo:

engana-me!

* expressão em manezês da Ilha.

TRIO LOS TRANCA: AMÉRICA

Depois destas broncas todas (e, a meu juízo, todas com razões válidas) vamos de diversão.

Apresento o fabuloso Trio Los Trancas que, embora ainda (escrevi “ainda”) não tenha sido: gravado disco, apresentado pelo FAUSTÃO, entrevistado pelo JÔ SOARES, citado pelos críticos da VEJA e nem merecido páginas dos CADERNO DOIS’s, faz o maior sucesso lá em casa.

O Trio los Trancas, assim como os los três mosquiteiros son quatro: Luana, Pato, este que vos tecla e, at last but not least, Fabião do Sambaqui. Esta nossa fantástica apresentação sucedeu-se em 12/03/2011, por ocasião do cumpleaños de Luana, minha filha artística, no CONDOCLUB DAS GAIVOTAS.

A canção "América", composição de Lumumba, fez grande sucesso na Campinas dos anos 70 e é a primeira música que aprendi a tocar no violão, instrumento que não tratei com o devido carinho e dedicação, fato este que propiciou a chance para BADEN POWELL, CONRADO PAULINO, LUIZ MEIRA, TOQUINHO e assemelhados passarem a ter o destaque que têm.

Mestre Pato (vulgo PATOZAN), genitor biológico de Luana, ensinou-me tanto a tocar América como a resolver problemas com função limite (as aulas de matemática custaram-me seis latinhas de cerveja, esforço não considerado pela Prof.ª Verinha). Enfim, pela apresentação musical, podem imaginar qual foi o resultado da sabatina de matemática...

De toda maneira, o importante é o principal; o resto é secundário. Bom divertimento procês que eu continuo me divertindo. {8¬)

Ps.: clic nos HYPERLINKS (palavras realçadas) para saber mais.

PRA SEGUNDONA CHUVOSA E BACANA

Daí, algum tempo atrás, tou eu lá em Sambaqui, onde iniciei meu curso pra manezinho. Choveu tanto que parecia que o mar havia sumido de minhas janelas. Porém, eu sabia que ele estava lá, balançando do mesmo jeito, assim como a passarinhada, que desconhece o que é guarda-chuva ou benegripe, cantava a plenos. Então, percebi que Hendrix tocava Dylan e Jorge Ben papeava com Toquinho. Deu nisto aí.
Desejo que gostem.
{8¬)

“All Along the Watchtower”

(... mas, assim mesmo, eu vou correndo

só pra ver...)

... e lá vem o costume cristão de reclamar do viver:

“- que merda de chuva!”

(quando o sol aparece, apenas trocam chuva por sol

quando venta...)

“- que dia deprimente!”

(onde é que está, mesmo, a depressão?)

À minha janela,

nada vejo do eterno verde.

Porém, sei-o.

O nada está no alcançar de minhas retinas.

Sinto-o em meu concreto espírito,

parte que estou da extensão de tudo

(no palco à minha volta,

o balé da ramagem feliz

e seu saltitantes cantores

nos oferendam esta certeza vital).

Pra chorar num dia assim,

é preciso ter lágrima já pronta.

Ps.: a pedidos de Rany, minha Cumadi dos cantos.