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06 outubro, 2014

O ELEITORADO PAULISTA




Considerando a votação deste 2014, no Estado de São Paulo, quedo a imaginar qual cientista político seria capaz de apresentar uma explicação razoável a respeito dos resultados advindos das urnas. Creio que PERRY ANDERSON – e até mesmo BOBBIO – teriam menos dificuldades em destrinchar a opção BERLUSCÔNICA de alguns países europeus que explicar a “voz rouca” paulista.
Não faço esta observação motivado pela expressiva votação do candidato tucano à presidência. Estava prevista. O que me chama à atenção é a reeleição do governador. Num Estado que, segundo alguns, tanto clama por mudanças, ele chega ao seu quarto mandato, ao final do qual o estilo tucano-paulista de governar terá completado 24 anos. Quase um reinado, se me permitem o chiste.
Outro fato interessante é ver o artista TIRIRICA, que muita gente indignada apontava seu mandato de Deputado Federal como resultado das vicissitudes da política brasileira, ser o segundo deputado mais votado, com 1.016.796 declarações explícitas de apoio. Nada tenho contra Tiririca. Até porque ele é considerado um dos parlamentares mais assíduos do Congresso. O interessante, neste caso, é a “aparente” incoerência entre o discurso do eleitorado e a sua prática.
Pensando bem, creio que o mais indicado para analisar o estilo da maioria dos paulistas escolher seus mandatários talvez seja VOLTAIRE, alguém que entende um bocado da alma humana.

É óbvio que estou generalizando. Porém, estarei equivocado?

Ps. 1 - Como se sabe, generalizar não é totalizar.
Ps. 2 - Saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas)

11 novembro, 2010

CPMF SEM P: RETORNO OU TRANSTORNO?

Para começar, creio que ficou claro na postagem anterior que, do meu ponto de vista, o maior problema em relação à carga tributária, alta ou baixa, é a recusa da maior parte da sociedade em acompanhar seriamente o que é feito com os recursos públicos. Ela só se lembra do posto de saúde, para ficarmos no tema, quando precisa dos seus serviços. Acabo de assistir pela TVBV, de Florianópolis, que a Secretaria Estadual da Saúde de Santa Catarina não repassa os recursos devidos ao HOSPITAL DE LAGES. Alguém ouviu, antes das eleições, algum jornalista comentar sobre este tipo de relacionamento entre a referida Secretaria e o hospital que Raimundo Colombo (DEM-SC), governador eleito, orgulhava-se de ter ampliado? Ele, assim como Dilma Roussef (PT), foram eleitos com a proposta de dar continuidade às atuais administrações estadual e federal. Torço para que os dois melhorem a situação que encontrarão a partir de 2011. Afinal, os próximos anos de nossas vidas dependem de suas atitudes.

O importante de um imposto que incida sobre a movimentação financeira é ser aplicado exatamente onde deve: na circulação da riqueza. É o que, por exemplo, deveria ser o tal imposto de renda. Assalariado recolher imposto de renda é que é uma tremenda incoerência, pois SALÁRIO não é RENDA. E não estou vendo assalariados reclamando disso.

Tomara a CPMF (sem o P), ou seja lá o nome que venha a ter, seja instituída no bojo de uma efetiva Reforma Tributária que torne nosso regime de tributação um mecanismo de crescimento da economia e de diminuição das desigualdades sociais atualmente existentes.

Em relação à fiscalização, da mesma forma que outros tributos, a CPMF também atuava como um mecanismo de identificação da má versação de verbas, públicas ou privadas. A conjunção TAMBÉM foi utilizada porque a CPMF não era O (artigo definido) instrumento de fiscalização.


Sobre a partidarização da discussão sobre a necessidade da sua volta, fica complicado que algum dos partidos políticos acusar o(s) outro(s), posto ter sido criada no governo FHC e mantida, enquanto foi possível, no governo LULA. Para reforçar esta minha afirmação, lembro que Antônio Anastasia (PSDB-MG), governador eleito sob as bênçãos de Aécio Neves, atual estrela tucana,
manifestou-se favorável à sua existência, segundo a FOLHA.COM: “ANASTASIA DIZ CONCORDAR COM VOLTA DA CPMF 'APERFEIÇOADA'” (prestem bem atenção à data da reportagem.

Quanto ao destino dos recursos arrecadados numa eventual ressuscitação da CPMF (insisto que sem o P), tomara sejam, se discriminado em lei, totalmente aplicados à promoção da SAÚDE; se assim serão aplicados ou não, assim como no caso dos demais, dependerá da vontade dos contribuinte. Como sempre.


Em tempo: aos ingênuos de plantão sugiro a leitura de CÂNDIDO, de Voltaire. Nada tem a ver com o tema, mas, talvez, tenha tudo a ver com a movimentação de boa parte daqueles que aderem a abaixo-assinados.

Ps.: saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas)

16 dezembro, 2009

QUAL O PAPEL DO PRODUTOR CULTURAL?

Acabo de ler, numa resenha, uma frase de VOLTAIRE a D’ALEMBERT: "É a opinião que governa o mundo...”.
A meu juízo, os ocupantes dos cargos públicos executivos ou legislativos, independente do partido ao qual pertençam, baseiam suas ações naquilo que julgam captar na OPINIÃO PÚBLICA; simplificando, nos desejos da população por eles governada ou normatizada. Os descontentes, a minoria, serão atendidos apenas quando aumentarem de número (porque voto não tem qualificação) e se tornarem a maioria da população. Enquanto isto não acontece, resta-lhes o direito ao JUS ESPERNIANDI.
No momento, está acontecendo a 1º PRIMEIRA CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO. Como o próprio nome diz, é a primeira vez que o Brasil, ou parte dele, reúne-se para discutir as alternativas e possibilidades de comunicação, bem como a regulamentação da mesma. Oportunidade imperdível para o segmento social interessado no quesito COMUNICAÇÃO e seus rumos e implicações.
Este momento também pode ser interessante para que produtores e consumidores culturais ponderem sobre quais têm sido seus esforços – e quais os avanços, no sentido de conquistar a participação da maioria do eleitorado que, no final das contas, ainda é quem define aquele que decide, entre outras coisas, se devemos ter um totem na avenida à beira do mar ou interromper o despejo no referido (o mesmo mar).
Que tal assistirmos LEVANTE SUA VOZ, legítima obra de arte de PEDRO EKMAN, e refletirmos sobre como tem sido nossa participação no sentido de transformar a opinião da maioria?