24 setembro, 2013

SINTO INSEGURANÇA



Está no CÓDIGO NACIONALDE TRÂNSITO, instituído pela Lei nº 9.503, de 23/09/97:

ART. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.

Entretanto, temos também este artigo:

ART. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:

I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé;
(...)

Veja lá o que recomenda o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina quando trata do uso do CINTO DE SEGURANÇA no seu site.

A meu ver, usuário de ônibus urbano e muitas vezes em pé, cabe uma questão: afinal, qual a razão da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança?
O Código reza que seu uso é obrigatório. Não é como, por exemplo, o triângulo cuja existência é obrigatória no veículo: seu uso não é obrigatório a não ser que surja circunstância em que se torne necessário. Ora, se a obrigatoriedade do cinto destina-se a oferecer segurança a passageiros e condutores, por que os ônibus urbanos são dispensados disso? Por que podem transportar passageiros em pé? A lógica é: já que é permitido pessoas viajando em pé, agarradas aos ferros destas modernas galés motorizadas, todos os passageiros podem curtir curvas, ladeiras e freadas soltinhos da silva? Então, na mesma avenida onde o passageiro de automóvel, até mesmo no banco de trás, é obrigado a usar o cinto, podem circular milhares de super-homens, supermulheres, supercrianças e superidosos dispensados do artefato imprescindível à segurança? Serão indestrutíveis? E quando o ônibus trafega por rodovias federais e estaduais é ou não importante a segurança de passageiros?
Neste momento em que o tema Mobilidade Urbana entrou em moda, pode ser interessante que as autoridades reflitam sobre isto.
E você aí com isto?

Ps.: saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas)

21 setembro, 2013

ALL ALONG THE WATCHTOWER.



 
Nada mais é que um poemeta cometido numa tarde chuvosa nos antigamentes quando morava em Sambaqui.
Experimentem à vontade que é de graça, como a vida me é.
{8¬)


“All Along the Watchtower”

         (... mas, assim mesmo, eu vou correndo
         só pra ver...)
 
... e lá vem o costume cristão de reclamar do viver:
“- que merda de chuva!”
(quando o sol aparece, apenas trocam chuva por sol
quando venta...)
“- que dia deprimente!”
                   (onde é que está, mesmo, a depressão?) 

À minha janela,
nada vejo do eterno verde.
Porém, sei-o.
O nada está no alcançar de minhas retinas.
Sinto-o em meu concreto espírito,
parte que estou da extensão de tudo
                   (no palco à minha volta,
o balé da ramagem feliz
e seu saltitantes cantores
nos oferendam esta certeza vital). 

Pra chorar num dia assim,
é preciso ter lágrima já pronta.

12 setembro, 2013

FLORIPA: ÔNIBUS URBANO AVESSO À RODOVIÁRIA?!



 
Alguns anos atrás, quando eu morava na Lagoa da Conceição, tomei um ônibus do Bairro até o centro, pois precisava ir até o TERMINAL RITA MARIA, de onde viajaria até outra cidade. Era final de tarde e a chuva caía fininha, daquele tipo de molhar cachorro besta. Quando o ônibus passou em frente à rodoviária, na costumeira lentidão do tráfego, resolvi marcar quanto tempo seria necessário para seguir até o ponto final, desembarcar e voltar caminhando até à estação rodoviária. Foram longos e encharcados vinte minutos. Isto significava cerca de um terço do tempo necessário ao deslocamento – do mesmo ônibus – entre a Lagoa e o ponto final.
Isto aconteceu muitas vezes comigo e, tenho certeza, com todos que precisaram – e precisam – se valer do transporte coletivo para se dirigir à estação rodoviária de Florianópolis. A diferença básica é que as pessoas que vêm do sul da Ilha ou do continente não passam em frente à rodoviária, como é o caso da maioria da população, que se distribui pelo norte e leste da cidade. Creio que nossa cidade seja a única que, possuindo um sistema de transporte coletivo, não oferece ponto de ônibus junto à rodoviária, como se seus moradores e visitantes merecessem “penar” carregando suas malas por uma razoável distância. Este fato é agravado quando o “merecedor” é portador de alguma deficiência motora ou é de idade avançada. Interessante é que o aeroporto dispõe de ponto de ônibus, mesmo recendo um afluxo de passageiros muito menor que a dita cuja. Na temporada de verão, a fila de caminhantes é engrossada pelos turistas e suas pesadas malas.
Às vezes, penso que os responsáveis pelo turismo nesta que se pretende a capital do Mercosul, incluindo nossos prefeitos e vereadores, não têm conhecimento deste despropósito rodoviário. Será que eles não percebem que há uma vasta área em frente à estação, exatamente entre ela e a avenida por onde passam ônibus urbanos?
Por que os usuários de transporte coletivo urbano de Florianópolis e região não merecem um ponto de desembarque Junto ao Terminal Rita Maria?
O que cometemos para merecer carregar nossa bagagem sob a chuva ou frio do inverno?
Neste momento em que a Prefeitura Municipal está discutindo a LICITAÇÃO referente ao Sistema de Transporte Coletivo, bem poderiam refletir um pouco sobre esta involuntária peregrinação.
 
Ps.: saiba mais  clicando nos HIPERLINKS (palavras realçadas)

09 setembro, 2013

BAGAGEIRO NOS ÔNIBUS URBANOS: MERECEMOS?

 
 


O blog já tratou desta questão na postagem BAGAGEIRO NO BUSÃO (19/05/2010).  Ainda assim, neste dia em que a administração municipal de FLORIANÓPOLIS realizou AUDIÊNCIA PÚBLICA com o objetivo de discutir o processo licitatório dos serviços de transporte coletivo, é interessante retomar o assunto. Vamos juntos, caro leitor?
Floripa é ornada por belas praias, o que atrai turistas do mundo todo. Como é sabido, viajante costuma carregar bagagem. Nossa bela ilha também oferece duas universidades públicas, algumas privadas, dentre outros estabelecimentos de ensino. Também é sabido que estudante costuma carregar livros e cadernos. Boa parte das pessoas que trabalham no centro mora em bairros distantes. Muitas vezes, estes trabalhadores aproveitam o momento que antecede  a volta ao lar para comprar, por exemplo, víveres alimentícios. Talvez malas de viagem, mochilas escolares ou sacolas nos superlotados ônibus.
Então, por que os responsáveis pelo planejamento e execução do serviço não enxergam a necessidade de bagageiros nos ônibus urbanos?
Será que não compreendem que, ao invés de carregar pesadas cargas, os passageiros poderiam utilizar as mãos para se segurar, já que nem aqueles que viajam sentados dispõem de conto de segurança?
Será que nós, usuários que ainda aguardamos que o DENATRAM proíba que passageiro de ônibus urbano viaje em pé, não merecemos esta singela despiora nas condições de traslados?
Será que não há um edil florianopolitano capaz de refletir sobre este projeto de lei do nobre Vereador Dié?


Ps.1 – Que tal convidar IGOR BATISTA, que desenvolveu o bagageiro apresentado no vídeo?
Os. 2 – Saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas).

07 setembro, 2013

ARITMÉTICA

Via poemeu (termo, até onde sei, criado pelo Millôr), uma outra possível interpretação do Gênesis nestes versos shasçânicos:
 

ARITMÉTICA

no princípio
deus subtraiu da lama
criou adão
subtraiu de adão
criou eva

a serpente
assaz pervertedora da ordem
a adão somou eva

na sua divinal indignação
deus nos subtraiu o paraíso

daí
   caim subtraiu abel
      noé subtraiu a vizinhança
         jesus subtraiu judas
            ...

ad infinitum
enquanto dure
         - como será mesmo isto em latim?

{8¬(?!

03 setembro, 2013

MERRMÃO XEXÉU


Compus este poemeta lá no Ouro Preto. Logo após saber da notícia, entrar no bar mais próximo. Como não sou de ter respeito, mas crença, pedi uma gelada devidamente acompanhada de uma cachaça. Assim, devidamente, comebebemorei a viagem de merrmão Xexéu. Havíamos, anos antes, nos rebatizado de Hans e Fritz em homenagem a duas figuras cujo comportamento exemplar procurávamos seguir.
Não fiquei triste, também em homenagem a ele, pois nosso costume era gostar da alegria. A tristeza seria imperdoável desfeita.
Enfim, vamos lá!


ouro preto, 29/08/03
                   (pra Xexéu)

Hans
minha mãe acaba de me dizer que tu partisse
porém, inteiro
como vivesse
e infernizasse os tolos ruminantes de rola murcha e bunda mole

vai Hans!
meta bala, agora
neste bando de bundas do além

vejo um Dionísio da cabeça chata
(lembra aquela do bonezim pra ir à feira buscar melancia?)
a cruzar o Hades
trajando uma camisa emprestada pelo Jô
pro baile do cosmopolitano

tou longe perto sozim e dejunto
neste botequim de o.p.
nos banquim vazi
meus irmãos daqui e do além
os verdadeiros

gritam
truuuuco, ladrão dos meus tentos!

BARCA DOS LIVROS: PROGRAMAÇÃO SETEMBRO 2013

Embarque nesta BARCA e verá que ela não vira e ainda te leva por marés sempre cheias de emoção.


Ps.: saiba mais clicando no HYPERLINK (palavra realçada)