A notícia da RETOMADA
do contato entre Cuba e EUA tomou o mundo com um misto de surpresa positiva,
para aqueles que torcem pela felicidade do povo, e decepção para aqueles que, ao
verem um pano vermelho, tremem mais que MARIA quando é obrigado a entrar no
Horto. Ainda não vi os espamos de Reinaldo Azevedo, Jabour ou Mainardi, mas
curti a tristeza de YOANI SÁNCHEZ ao sentir que corre risco de perder boquinha
de dedo-duro.
A manchete de alguns
jornais brasileiros bem poderia ter sido: OBAMA OBEDECE JUVIDOSA DIREITISTA BRASILEIRA
E VAI PRA CUBA. Ficaria perfeita nas vozes dos William’s Bonner & Waack; Casoy
também não faria feio. Imagino seus semblantes ao dar a notícia sem poder repisar,
por exemplo, as invencionices a respeito do PORTO DE MARIEL. Talvez fizessem
figa, com a mão às costas.
É óbvio que não dá
para ser romântico sobre as razões deste inicial – tomara que se amplie –
afrouxar o embargo imposto aos cubanos. Uma delas deve ser o medo de que China
e Rússia ocupem este espaço tão próximo do quintal de Tio Sam. Sabe-se que
estes dois países estão envolvidos na construção de um CANAL TRANSOCÊANICO na
Nicarágua. Até o Brasil tem posto as manguinhas de fora ao investir na
construção do já referido porto.
Esta “abertura”
norte-americana bem pode ser mais uma versão da clássica FRASE de Lampedusa na
obra “O Leopardo”. Porém, como diz VEI LEITE, “quem vai bater está sujeito a
apanhar”. Então, pode acontecer de o povo cubano fazer uma limonada deste limão
e aproveitar a brecha para desenvolver mais ainda suas potencialidades.
Viva Cuba!
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