platéia:
uns dândis retardatários
alguns que perderam o caminho da rave
outros voltando a pé de woodstock
artistas?
artefatos?
tela:
coxeia outro esboço
- bigode e traço -
destes que ilustram
o cavaleiro rumo aos seus moinhos
tão esquálido!
quanta energia!
eu:
voluntário autista
imerso noutra teia
uns dândis retardatários
alguns que perderam o caminho da rave
outros voltando a pé de woodstock
artistas?
artefatos?
tela:
coxeia outro esboço
- bigode e traço -
destes que ilustram
o cavaleiro rumo aos seus moinhos
tão esquálido!
quanta energia!
eu:
voluntário autista
imerso noutra teia
Floripa – FAM*, 25/05/03
* O FAM (Festival Audiovisual Mercosul) é das melhores coisas que acontecem em Floripa, assim como fazer a caminhada pra Costa da Lagoa e voltar de barco, ruminando a tainha grelhada e a paisagem, enquanto o ronronar do motor embala a certeza do prazer de estar vivo. Ou assim como o entardecer em Sambaqui. Praias bonitas existem em muitos outros lugares e só quem vive de catálogos turísticos não sabe disso.
Esta brincadeira aí é dedicada àquela parte da platéia que costuma ir ao FAM (Festival Audiovisual Mercosul) apenas pra mastigar pipoca e desfilar o tal “jeitão-blazê-de-quem-foi-cinematograficamente-educado-pelas-narrações-oscarianas-do-rubens-PVC-ewald-filho-da-hebe”.
CAJA NEGRA, de Luis Ortega é poefilme, poesia crua, sem anestesia drum’n’ bass. Não é filme pra assistir; é pra participar.
2 comentários:
qualquer dia desses passo por aí p´ra ver se é tudo isso mesmo, se é ilusão ou alusão... se bem que qualquer pôr-do-sol me encanta e o barulho do mar acalanta.
hei! eu não sou anônima não, sou ivete leite.
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