22 março, 2009

CRUZ E SOUZA EMPAREDADO

Pessoal,
Cláudia Cárdenas enviou-me, e fico muito agradecido, o documentário
Cruz e Sousa - a volta de um desterrado, produzido pela CÂMERA OLHO.
Ao invés de dar pitaco, prefiro deixar uma questão aos que assistirem este revelador, em todas as suas nuances, filme de não-ficção,:
- o que quererá dizer o celular e aquele pé ensapatado das cenas finais?
Dividindo a sala convosco:




Para ir um pouco além de “vozes veladas,veludosas vozes”, experimentem este exerto de EMPAREDADO, do próprio:

(...)
Assim é que eu via a Arte, abrangendo todas as faculdades, absorvendo todos os sentidos, vencendo-os, subjugando-os amplamente.
Era uma força oculta, impulsiva, que ganhara já a agudeza picante, acre, de um apetite estonteante e a fascinação infernal, tóxica, de um fugitivo e deslumbrador pecado...
Assim é que eu a compreendia em toda a intimidade do meu ser, que eu a sentia em toda a minha emoção, em toda a genuína expressão do meu Entendimento — e não uma espécie de iguaria agradável, saborosa, que se devesse dar ao público em doses e no grau e qualidade que ele exigisse, fosse esse público simplesmente um símbolo, um bonzo antigo, taciturno e cor de oca, uma expressão serôdia, o público A+B, cujo consenso a Convenção em letras maiúsculas decretara.
Afinal, em tese, todas as idéias em Arte poderiam ser antipáticas, sem preconcebimentos a agradar, o que não quereriam dizer que fossem más.
No entanto, para que a Arte se revelasse própria, era essencial que o temperamento se desprendesse de tudo, abrisse vôos, não ficasse nem continuativo nem restrito, dentro de vários moldes consagrados que tomaram já a significação representativa de clichês oficiais e antiquados.
(...)"


O texto completo pode ser lido em
http://www.arq.ufsc.br/arq5625/modulo1indianismo/apresentacao/emparedado.htm

E então?

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