"Leve um homem e um boi ao matadouro
o que berrar é o homem
mesmo que seja o boi"
Interessante esta indignação que assola a
lateral esquerda ao tomar conhecimento da escalação do escrete ministerial que
entra em campo em 2015, capitaneado por Dona Dilma, nossa Presidenta. Sim,
nossa Presidenta. Digo-o da mesma forma que dizia estar presidentado por Lula,
F(T)HC, Itamar, Collor ou ditadoriado por Figueiredo, Geisel et caterva.
Porque, conforme já disse em postagem anterior, os eleitos nos representam,
mesmo que nem sempre façam o que julgamos adequado; mesmo que não os aceitemos;
mesmo que tenhamos votado em outro candidato, anulado o voto ou ter optado pela
abstenção.
Por gosto ou por desgosto do político eleitor, o político
eleito para chefiar a administração – federal, estadual, municipal – terá que
dividir as tomadas de decisão com os políticos eleitos para criar as leis e com
os ocupantes do Poder Judiciário, cuja função é cuidar para o bom andamento do
processo. Então, vamos parar de chorumelas e cobrar trabalho dos escalados por
Dona Dilma. E cobrar trabalho não é se incrustar no muro das lamentações
oferecido pela grande inpremça, representantes dos patrocinadores de sempre, cujos
interesses são o nosso real problema.
A cultura judaico-cristã instituiu a ideia do “salvador
da pátria” com tal eficiência que até ateus e a toas acreditam nisso. Os
resultados têm sido decepção e revolta inútil. Mais importante que o diretor
são as diretrizes a serem executadas por ele. Posto isto, vamos fazer as
cobranças no campo das diretrizes, vamos influenciar na sua formulação. É por
aí que avançaremos rumo a melhores condições de vida para todos. Todos os
ministros são demissíveis e sua manutenção no cargo dependerá de como a maior
parte da população encarar o trabalho a ser executado por eles. A força está no
movimento, não no lenço.
Quanto aos puristas de plantão, que curtem recitar
poesia enquanto alguém toca a canoa, lembro o que aconteceu em Santa Catarina.
Creio que foi o único estado em que o PT lançou chapa pura ao governo. Na hora
da onça beber água, boa parte dos políticos eleitores que abominam as
coligações armadas para vencer eleições pulou da canoa. Quando CLÁUDIO VIGNATTI
foi conferir os votos dos puros de consciência, eles não estavam lá. Preferiram
a segurança da arquibancada que o risco da arena.
Assim sendo, vamos arregaçar as mangas e pegar o
remo que nos couber, seja ele de situação ou de oposição ao que propor o
capitão da canoa, conforme os anseios de cada um. Dizem que, na luta entre o
rochedo e o mar, quem sofre é o marisco. Talvez seja opção do marisco. E sofrimento é uma opção que não
costuma contribuir.
Ps.: saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas).
Um comentário:
A esquerda tem duas formas de governar, e uma exclui a outra: nas regras estabelecidas pelo oponente ideológico, o que pressupõe governabilidade por composição; e pela bala. Para essa última é preciso ter... bala.
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