28 maio, 2015

HAITI: OUTRAS IMAGENS




Os serviços públicos – Saúde, Educação e Segurança, entre outros – obteriam melhores resultados se contassem com antropólogos, sociólogos e, obviamente, historiadores em seus quadros. Isto porque o técnico, parafraseando um poema de Fernando Pessoa, pouco avança além da técnica. Porém, deixemos isto pra outra postagem porque o papo aqui é outro. RADILSON CARLOS GOMES é um historiador lotado no Ministério da Saúde e participou de uma missão multidisciplinar no HAITI.
Como se sabe, a GRAMDE INPREMÇA não vê possibilidade de lucro nos milhares de barcos que chegam ao destino. Apenas os que naufragam atraem a sua atenção. E é com este raciocínio que ela nos tem exposto o Haiti: apenas um país destroçado.
BOMBAGAI, a exposição fotográfica de Radilson, que pode ser apreciada na FUNDAÇÃO BADESC até 12/06, apresenta-nos o Haiti que resiste, o Haiti que existe para além das ruínas. Um país que segue em sua luta e que em 01/01/1804 tornou-se o primeiro país latino-americano a conquistar a independência.
As imagens captadas por Radilson refletem cenas do cotidiano envolvidas em seus trabalhos ou indo à escola. Aliás, numa das fotos vemos estudantes uniformizadas emolduradas por uma luminosidade como se o sol estivesse direcionado apenas para elas, fazendo as vezes de um super-flash. É de encher as retinas.
Então, você que mora ou esta em Florianópolis corra até à Fundação. Você que mora distante, entre no site do Radilson e procure saber como levar a exposição para sua cidade. Sobretudo, não perca esta oportunidade de conferir que a Vida talvez enha nada a ver com a vocação judaico-cristã para o sofrimento. A Vida é muito mais como a canção do GONZAGUINHA e menos com a chorumela do CAETANO.

Ps.: saiba mais sobre o assunto clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas); você pode até ouvir as canções enquanto lê.

3 comentários:

Cidinha Leite disse...

"Quando você muda a forma como olha para as coisas, as coisas que você olha mudam."

Autor desconhecido

Unknown disse...

Então, este documentário procurou responder às questões que se apresentavam à medida que me aprofundava no tema... mudar o foco foi algo natural, não estar preso a uma pauta fez toda a diferença. Meu olhar se voltou ao povo Haitiano, fiquei no país apenas 13 dias e destes tive a oportunidade de fotografar por dois dias seguidos, quando voltei me deparei com imagens que falavam por si, que tinham vida, era a própria vida materializada nos recortes que fiz do dia-a-dia do povo haitiano. Obrigado pela oportunidade de dividir essa história com vocês...

Paulo Paterniani disse...

Pura emoção !! Vamos sim receber o povo do Haiti fraternalmente !!