28 setembro, 2009

PRA SEGUNDONA CHUVOSA E BACANA

Daí, algum tempo atrás, tou eu lá em Sambaqui, onde iniciei meu curso pra manezinho. Choveu tanto que parecia que o mar havia sumido de minhas janelas. Porém, eu sabia que ele estava lá, balançando do mesmo jeito, assim como a passarinhada, que desconhece o que é guarda-chuva ou benegripe, cantava a plenos. Então, percebi que Hendrix tocava Dylan e Jorge Ben papeava com Toquinho. Deu nisto aí.
Desejo que gostem.
{8¬)


“All Along the Watchtower”

(... mas, assim mesmo, eu vou correndo

só pra ver...)

... e lá vem o costume cristão de reclamar do viver:

“- que merda de chuva!”

(quando o sol aparece, apenas trocam chuva por sol

quando venta...)

“- que dia deprimente!”

(onde é que está, mesmo, a depressão?)

À minha janela,

nada vejo do eterno verde.

Porém, sei-o.

O nada está no alcançar de minhas retinas.

Sinto-o em meu concreto espírito,

parte que estou da extensão de tudo

(no palco à minha volta,

o balé da ramagem feliz

e seu saltitantes cantores

nos oferendam esta certeza vital).

Pra chorar num dia assim,

é preciso ter lágrima já pronta.

Ps.: a pedidos de Rany, minha Cumadi dos cantos.

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