07 novembro, 2009

FLORIPA CONTÉM UMA FLORIANÓPOLIS

Há a Floripa das 42 ( ou mais) praias e há a Florianópolis. É preciso prestar atenção às duas, enquanto El Rey de Floripa cura seu dodói e El Vice-Rey vadia pelas Zoropa:

“Por falta de recurso, únicas e raras possibilidades de desarmar cerca de 300 jovens de 18 comunidades empobrecidas da grande Florianópolis, são suspensas”

Para Kiko, 17 anos, jovem morador da Comunidade Chico Mendes, localizada no continente, “o Projeto Procurando Caminho é uma oportunidade para provarmos o nosso valor, ser aceito novamente na sociedade e mostrar que o crime não compensa”, confessa Kiko.

O Projeto Procurando Caminho, surgiu do pedido de um grupo e 75 jovens quais os nomes estavam inseridos numa lista para serem executados pelo narcotráfico.

Da lista, dois foram assassinado. A partir daí o Centro Cultural Escrava Anastácia lançou o projeto para que esses jovens fossem tirados de suas comunidades e levados até a praia para a prática do surf.
“A nossa proposta foi trocar a adrenalina que o jovem apresentava no crime organizado pela adrenalina gerada pela prática do surf, completa Padre Vilson Groh, Presidente do Escrava Anastácia” Porém, o projeto suspende suas ações na próxima segunda – 09 de novembro – até que entrem recursos que viabilizem sua continuidades.

Ao mesmo tempo, inconformados com a suspensão das atividades os jovens participantes do projeto se preparam, também na segunda - dia 09 - no Sindicato dos Bancários - as 14h- para definir um calendário de mobilização para exigir do governo do estado o apoio ao projeto.

“Tivemos uma audiência com o governador em exercício Leonel Pavan há cerca de um mês. Neste momento existiu a promessa de assinatura de um convênio que desse continuidade ao projeto atual bem como a ampliação do mesmo, porém, nada foi concretizado até agora. Por isso teremos que adormecer as atividades do projeto até que sejam tomadas as devidas providências ”, coloca Ivone Perassa,coordenadora do Escrava Anastácia.

Oportunidade de inclusão e sociabilização. Para a Jovem Jaqueline Castanheira “ se não existe o projeto eu nem sei onde eu estaria agora, nem sei se ainda estaria viva” desabafa Jaqueline.

Já Padre Vilson é mais incisivo “ por falta de recurso, únicas e raras possibilidades de desarmar 300 jovens de 18 comunidades da grande Florianópolis é paralisada”.
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E nós com isto?
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Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente é inacreditável o que fazem com os recursos que pagamos, dos impostos e etc. Onde está o dinheiro? Acho que o gato comeu mesmo. Onde estão os investimentos, se para o que é necessário, o que é importante, nunca há recursos... É só pensar nas pontes e viadutos superfaturados que brotam nas cidades,como uma estrada vicinal em Franca, que não levava a lugar nenhum, construída com dinheiro público. Esse projeto com jovens, de importância vital para a cidade, ser paralisado por falta de recursos! É inaceitável.