TOM JOBIM canta este hino à sua aldeia composto por ALBERTO CAIEIRO, via Fernando Pessoa:
"O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
(...)"
Hoje, corri o DIÁRIO CATARINENSE de ponta a ponta e só vi uma pequena nota na página do MARCOS ESPÍNDOLA sobre o OCUPA CIC. Quase todo o caderno Variedades, assim como muitas páginas do jornal, é dedicado ao histórico show que Paul MacCartney, que acontece em Floripa, hoje. Mesmo sempre ter preferido o Lennon, entendo que Paul merece ocupar o noticiário e as conversas, musicais ou não, da Ilha da Magia. Entretanto, não creio que ele esteja num estágio artístico que mereça 100% da nossa atenção. Há por aqui muitos outros artistas que merecem apoio e reconhecimento pela qualidade do seu trabalho e pela perseverança nele.
Mesmo considerando que a mídia local pouco valor dá à produção e valores culturais catarinenses, o fato é que me fica a impressão de que a presença de MacCartney colabora para eclipsar o justo movimento dos envolvidos na produção cultural do Estado.
Isto fica claro quando MOACIR PEREIRA, um dos mais renomados analistas políticos da imprensa local, dedica sua coluna ao Xou de Pôul. E olha que isto acontece exatamente no dia seguinte à FRAGOROSA DERROTA da política fiscal do Governo Estadual no Senado Federal. Moacir preferiu falar de Paul. Por que será que não incluiu uma notinha sequer sobre a ocupação do CIC, já que a coluna versou - coisa rara - sobre arte?
Enfim, depois de ler quase todo o citado jornal, quedei a imaginar que talvez fosse o caso de os participantes do movimento OCUPA CIC enviarem uma notinha ao Paul MacCartney explicando as razões do movimento e solicitando que ele a leia para o numeroso e merecido público que o receberá com muito carinho e, no caso de alguns, até com devoção.
Que tal, hein pessoal?
Com a palavra...
Ps.: mais informações nos HYPERLINKS (palavras realçadas)
Um comentário:
A grande verdade, tudo o que diz respeito à cultura, não interessa aos políticos, basta saber que o que move a politicagem são obras superfaturadas. Se houvesse um movimento em prol das construções como a ponte Hercílio Luz, os gananciosos estariam na frente fazendo corrente para acontecer. Cultura num país excessivamente corrupto é desnecessária.
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