11 abril, 2013

IMPRENSA CATARINENSE E SUA SAÚDE

O quê me fez postar o questionamento sobre a relação entre a Imprensa Catarinense e os problemas decorrentes da quase inexistência de SANEAMENTO BÁSICO em Florianópolis – no que nossa cidade não se difere da quase totalidade dos municípios brasileiros – foi exatamente este trecho da reportagem do DIÁRIO CATARINENSE:

"A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) demarca pontos onde há coleta para análise da água. Na Beira-Mar, o lugar é atrás da estação da Casan. Segundo Haroldo Tavares, gerente de Pesquisa e Análise da Qualidade Ambiental da Fatma, são gastos cerca de R$ 200 por placa e muitas são roubadas ou derrubadas.
- A placa vale para toda a área em volta. Na Beira-Mar, estudamos colocar uma sinalização com base de concreto, que dure mais - diz Tavares."

Fiquei a refletir: por que será que o jornalista não indagou ao funcionário da FATMA se a intenção de colocar uma placa mais duradoura significa que o órgão estadual responsável pelo Meio Ambiente em Santa Catarina reconhece que é perda de tempo esperar que a CASAN execute seu trabalho adequadamente?
Já esclareço que não estou reclamando do jornalista em questão. Até porque seu trabalho torna público o deplorável estado do mar que compõe uma das mais belas paisagens de Floripa. Aliás, também não entendo por que os moradores e as empresas localizadas na Av. Beiramar Norte não ficam indignados por não poderem usufruir completamente de sua vizinha orla.
A meu juízo, com raras exceções – entre elas HÉLIO COSTA e MÁRIO MOTTA, alfabeticamente – não leio ou vejo jornalistas, sejam repórteres ou comentaristas – apontarem incoerências entre ações dos administradores públicos e suas propostas ou discursos. Por exemplo, o CAOS reinante nos serviços de saúde pública estadual, situação mais que reconhecida e apontada por todos os órgãos de imprensa catarinenses. Num dado momento, simplesmente seguram o microfone para o Governador e seus assessores exporem seu PACTO PELA SAÚDE propondo, entre outras coisas, 

"a descentralização do atendimento com a criação de 21 policlínicas (construção de 10 unidades e readequação de outras 11 já existentes) empontos estratégicos do Estado."

Noutro, e os parabenizo por isto, expõem as terríveis condições das instalações hospitalares públicas, algumas em vias de serem fechadas, das salas de cirurgia e equipamentos desativados por falta de mão de obra e, só para não variar, a revolta e o desespero de pacientes e seus familiares, como no caso do HOSPITAL INFANTIL.
Por que será que o jornalista ou, principalmente, o comentarista político não lembra ao entrevistado de ocasião que suas propostas parecem meio que elaboradas sem que as razões dos problemas tenham sido consideradas?
Com a palavra...

Ps.: saiba muito mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas); dentre outras informações, veja a data de lançamento do aqui citado pacto.

Nenhum comentário: