21 setembro, 2013

ALL ALONG THE WATCHTOWER.



 
Nada mais é que um poemeta cometido numa tarde chuvosa nos antigamentes quando morava em Sambaqui.
Experimentem à vontade que é de graça, como a vida me é.
{8¬)


“All Along the Watchtower”

         (... mas, assim mesmo, eu vou correndo
         só pra ver...)
 
... e lá vem o costume cristão de reclamar do viver:
“- que merda de chuva!”
(quando o sol aparece, apenas trocam chuva por sol
quando venta...)
“- que dia deprimente!”
                   (onde é que está, mesmo, a depressão?) 

À minha janela,
nada vejo do eterno verde.
Porém, sei-o.
O nada está no alcançar de minhas retinas.
Sinto-o em meu concreto espírito,
parte que estou da extensão de tudo
                   (no palco à minha volta,
o balé da ramagem feliz
e seu saltitantes cantores
nos oferendam esta certeza vital). 

Pra chorar num dia assim,
é preciso ter lágrima já pronta.

Um comentário:

Lua disse...

Amo este poema! :)