15 maio, 2014

14 DE MAIO...


Nos estertores de minha participação no curso de História da Unicamp consegui uma bolsa de auxílio ao estudante. O trabalho era colaborar na organização de jornais antigos no Centro de Memória. Desde esta época instalou-se em meus parcos neurônios uma questão: como terá sido o dia 14 de maio de 1888?
Até hoje esta pergunta ocupa-me a mente e é o ponto que mais me instiga em tudo aquilo que se relaciona com a escravidão dos negros. Sim, dos negros. Porque, ainda hoje, como antes, o TRABALHO ESCRAVO continua a fazer parte do modo de produção instalado no Brasil após a chegada dos portugueses.
A escravidão atual difere-se daquela extinta em 1988 por dois motivos: é ilegal e inclui escravos de várias cores (não vou dizer raça pra não incomodar os anti-cotistas de plantão) e nacionalidades. Basta conferir as notícias envolvendo grandes grifes da moda e quartinhos escuros com latino-americanos dormindo aos pés das máquinas de costura. Como reação, às vezes, pessoas ilustres, juntamente com aquelas que têm vontade de parecer ser da elite, comem bananas que estampam camisetas das confecções de grife.

Fico com a impressão de que desfrutamos de outro tipo de racismo, muito mais inclusivo em termos de cores humanas, o que facilita a crença na balela difundida pela tal elite de que nosso racismo é apenas social. Apenas...

Ps. 1 - imagem "emprestada do blog FOCO CIDADÃO.
Ps. 2 - saiba mais sobre o assunto clicando no HYPERLINK (palavras realçadas)

2 comentários:

Anônimo disse...

13 de maio ..
A escravidão é o cravo que briga com a rosa .. tem desmaio .. e põe-se a chorar .. lágrimas de crocodilo ..
#abaixo a sacada !!

Unknown disse...

Vc tem razão Shasça, dia 14 de maio é o dia do começo de outro tipo de escravidão!