28 abril, 2015

O QUE É A VIDA, HEIN ABU?



Recentemente, com a viagem de INEZITA BARROSO, perdi uma dos poucos motivos para acessar a ex-TV CULTURA. Chamo assim a emissora porque, a meu juízo, ela era muito mais pró-Cultura aos tempos de ORESTES QUÉRCIA e PAULO MALUF. Nem eles a transformaram numa correia de transmissão do ideário da dinastia tucano-paulista. Agora, mais um motivo se vai: o provocador ANTÔNIO BUJAMRA, este ser que pratica os versos que mais gosto – “onde há uma ferida / cabe meu dedo”, de TORQUATO NETO.
Sem mais delongas, até para não chatear o Mestre, ofereço uma resposta que não o próprio, mas sua existência, faz: “o que é a vida?”

AVIDAMUSASUMADIVA

é feito um caminhar de dentro pra fora
até entrar de novo
e sair um outro
d’ outro lado
que é este mesmo
que chamam depois mas que vem antes
assim como cada fim é o principiar de outro
não há paradas saídas entradas
há um caminho a transformar-se enquanto se caminha
assim como
o amanhã de anteontem é o ontem de hoje que é o ontem de amanhã


Ps. 1 – Obviamente ele me perguntaria novamente "o que é a vida" e, em seguida, soltaria o desejado "dá cá um abraço!".
Ps. 2 – Poema-resposta de lavra shasciana.
Ps. 3 - saiba mais clicando nos HYPERLINKS (palavras realçadas).

8 comentários:

Unknown disse...

Adorei!! Esse poema é teu ou dele??

Henrique Rodrigues disse...

O melhor sentido que se pode dar a vida é o seu senso de direção.
Aliás, o que seria da viagem sem o caminho trilhado? a morte é o destino, a vida o trajeto.
Olhe pros lados, pra baixo, pra cima e também vale olhar para trás prava ver onde já chegou.
Vá em paz abu, esperamos chegar próximos ao que você foi e é!Um dia chegaremos ao nosso destino em comum.

Parabéns Shasça, muita adimiração por ti!

Shasça disse...

Trata-se d um poemeu, Cumadi Ciça.
Brigadim pelo apoio, Henrique.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
César Pires de Almeida disse...

Como diria o próprio, a TV Cultura agora tornou-se de vez parte do "oceano de mediocridade que é a tv brasileira". Agora como nos enforcaremos na corda da liberdade?

Lua disse...

Adoro esse poema, Shasça! Sempre me faz refletir... :)

Milu Duarte disse...

Excelente poema.A morte é uma das transmutações para uma vida que deverá renascer, renovada, para trilhar novamente estes caminhos da vida, para novas experiências. A morte da TV Cultura,que realmente aconteceu nos governos tucanos, é sem renascimento, a não ser que os paulistas resolvam matar pelo voto o tucanato e renovar a vida pública. Aí, sim, acredito que de um novo útero, renasça uma nova TV Cultura. Caso contrário, será tão enterrada no lixo das comunicações como a TV Globo.

Unknown disse...

Muito bom Shasça, querido!
Um grande beijo!