(... mas, assim mesmo, eu vou correndo
só pra ver...)
... e lá vem o costume cristão de reclamar do viver:
“- que merda de chuva!”
(quando o sol aparece, apenas trocam chuva por sol
quando venta...)
“- que dia deprimente!”
(onde é que está, mesmo, a depressão?)
À minha janela,
nada vejo do eterno verde.
Porém, sei-o.
O nada está no alcançar de minhas retinas.
Sinto-o em meu concreto espírito,
parte que estou da extensão de tudo
(no palco à minha volta,
o balé da ramagem feliz
e seu saltitantes cantores
nos oferendam esta certeza vital).
Pra chorar num dia assim,
é preciso ter lágrima já pronta.
Sambaqui, 31/10/02
só pra ver...)
... e lá vem o costume cristão de reclamar do viver:
“- que merda de chuva!”
(quando o sol aparece, apenas trocam chuva por sol
quando venta...)
“- que dia deprimente!”
(onde é que está, mesmo, a depressão?)
À minha janela,
nada vejo do eterno verde.
Porém, sei-o.
O nada está no alcançar de minhas retinas.
Sinto-o em meu concreto espírito,
parte que estou da extensão de tudo
(no palco à minha volta,
o balé da ramagem feliz
e seu saltitantes cantores
nos oferendam esta certeza vital).
Pra chorar num dia assim,
é preciso ter lágrima já pronta.
Sambaqui, 31/10/02
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