qualquer ato
é um barato:
o ator olha
através
não para
o nexo por detrás da ação
o teatro cura-me
gargalho e
de pronto
calo-me
teso
anseio o golpe
mas não é ainda
relaxo-me
o tempo passeia
tenso
súbito
um punhal rasga o vil
agora
os ainda covardes punhais
vão surgindo do limbo da platéia
e avançam
freneticamente
por sobre toda a vilania deste mundo
enfim
o sangue por entre os dedos
reconfortante
esta noite
dormiremos tranqüilos
ps.: acabo de assistir um documentário dobre Antunes Filho, o mago do teatro: o cara não é fácil.
2 comentários:
Eu também assisti, uma duas semanas atrás... bom, já que ele é objeto de estudo do Diego, ou melhor, seu método de direção é estudo do Diego, fico por dentro de alguns detalhes. Adoro esse teu poema!!! Desde pequena... :) Beijinhos da Lua
Grande Antunes... quando estiver por aqui, vamos assisití-lo!!! O convite está feito. Beta
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