27 dezembro, 2009

FLORAIS DE MAR

Para aliviar o possível peso das postagens anteriores, aí vai o poema que tenho o maior prazer de ter cometido. Compus nos meus tempos de SAMBAQUI, depois de me terem recomendado que tomasse FLORAIS DE BACH. Como eu morava quase defronte a finais de tarde como este da imagem acima, resolvi criar meus própios florais.
E os divido com vocês numa tentaivca de retribuir à VIDA, tudo que ela me tem propiciado, através de - é claro! - vocês mesmo.
Brigadim por me permiteirem.
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florais de mar

rebanho
em florespumas que brotam aqui e acolá nas cristas fagueiras como meninos no morro do bom brinquedo o coração plenamente consciente de suas dificuldades em existir porém não menos feliz por saber a vida como uma farta mesa posta em festa para orixás e ousar ter prazer em se lambuzar no banquete oferecido para espanto pavor e óbvia repreeeeensão do
rebanho
rebanho
o corpo incapaz do sacrifício de fechar-se a este eterno sussurrar a preencher todas as épocas e esta janela semprevivamente emoldurada onde repentinas quilhas abrem fendas na pseudocalma superfície que guarda a fonte do tudo como se imenso olho verde acenasse a possibilidade de vislumbrar a maravilha da vida em relances imperceptíveis ao
rebanho
rebanho
imersamente flutuantes coração e mente como ave a saltar para o primeiro vôo todos os incontáveis dias da sua existência de ser parte e ser o todo invisível aos que preferem doces promessas de alívio de incensos e essências de fugidios magos modernos que convenientemente interpretam dolorosos desejos foscos frutos da embriaguez do
rebanho
rebanho
me todo dia em flores sons e cores diferentemente igual ao primeiro e a todos os outros banhos de benzeção e carnaval sacra e profanamente em marés que anseio desde as abissais minas minha fonte minha sina como tudo o que há
em florais de mar
me banho
Ps.: clique nos hyperlinks (palavras realçadas) e viaje.
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